Caminho pela vida

estrada-de-los-caracoles
Caminho pela vida
impregnada de perguntas.
Pelas estradas vou
(re)vivendo o que já vivi
(sabores, cheiros, amores
desamores, risos, lágrimas),
porque estive no mundo
antes de estar nele.
A estrada é íngreme e sinuosa;
minha alma chora cravada de
interrogações do que um dia
foram certezas.

Eu sou o minha própria estrada,
sou o caminho de minhas esperas!

Alda Alves Barbosa

De como filosofar é aprender a morrer

paralelepípedos

” … ninguém morre antes da hora. O tempo que perdeis não vos pertence mais do o que precedeu vosso nascimento, e não vos interessa:  ‘ Considerai em verdade que os séculos inumeráveis, já passados, são para vós como se não tivessem sido ‘*. Qualquer que seja a duração de vossa vida, ela é completa. Sua utilidade não reside na duração e sim no emprego que lhe dais. Há quem viveu muito e não viveu. Meditais sobre isso enquanto podeis fazer, pois depende de vós, e não do número de anos, terdes vivido bastante. Imagináveis então nunca chegardes ao ponto para o qual vos dirigíeis? Haverá caminho que não tenha fim? ” ( Montaigne )

Ensaios de Montaigne, capítulo 20, intitulado ” De como filosofar é aprender a morrer”.

*Lucrécio