Pela janela vejo a chuva caindo e me transformo em rio. Rio de lágrimas, rio de saudade, rio de esperança, rio dos ontens, rio dos amanhãs.
O domingo chegou faz tão pouco tempo do passado domingo que quando este chegou foi como se eu tivesse olhando o tempo imóvel.
E outra vez o domingo passa, mas eu, com meus devaneios, perco a intensidade da letargia que ele traz… Viajo pelas minhas raízes.
Na chuva penso no rio. Eu sou o Rio Preto. Eu sou todos os rios desaguando dos olhos da humanidade.
Alda Alves Barbosa