José Almada Negreiros
– Retrato do poeta Fernando Pessoa – óleo sobre tela – 201 X 201 cm – 1954 – Museu da Cidade – Lisboa
José Almada Negreiros , nasceu em São Tomé a 7 de Abril de 1893 e morreu em 1970 a 15 de Junho, no Hospital de São Luís dos Franceses no mesmo quarto, (diz-se) em que falecera Fernando Pessoa. Almada é um artista de importância capital na cultura portuguesa dos últimos dois séculos, com um espólio dividido por várias frentes: Desenho, Pintura, Poesia, Romance, Decoração Mural, Ilustração. “Em todos estes vários domínios, Almada ombreia com os maiores, manejando o seu imenso talento natural e a paixão de experimentar e inovar”, escreveu Raquel Henriques da Silva, professora de História de Arte. Almada Negreiros era filho de um tenente de cavalaria, estudou no Colégio de Campolide para, em, 1911 ingressar na Escola Internacional de Lisboa, onde passa a gozar de grande liberdade artística.
Primeiro estudo para a decoração do proscénio do Teatro Muñoz Seca de Madrid – (1929)
Publica o primeiro desenho em “A Satíra”, um ano depois escreve e ilustra o jornal “A Paródia” e expõe no I Salão dos Humoristas Portugueses. Aos 20 anos realiza a sua primeira grande exposição e conhece o poeta Fernando Pessoa, do qual se torna grande amigo e fonte de inspiração para alguns dos seus quadros. Em 1915, conclui a novela “A Engomadeira”, colabora no número inaugural da revista “Orpheu”, realiza o bailado “O Sonho da Rosa” e publica “O Manifesta Anti-Dantas e por Extenso”.
– Auto-retrato – 1927 – Coleção particular – Lisboa
Após uma colaboração com António Ferro, vai viver para Espanha entre 1927/1932 e em 1934 casa com a pintora Sarah Afonso. De 1943 a 1948, a sua arte passa, sobretudo, pela realização dos frescos das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos, que lhe garantem o Prémio Domingos Sequeira em 1946. As suas últimas obras conhecidas datam de 1969.