Epílogo

Sempre andei de mãos dadas com o tempo. Onde ele passava lá estava eu. Juntos, percorremos tantas estradas, que já consigo vislumbrar os nós. Não há mais estradas para mim; não há sobras de vida para voos; não há tempos para recomeços… Perdi os encontros.
Queria mesmo era ver nascer mais auroras, ver os dias desmaiarem e aconchegar as noites em meus braços. Queria apenas sentir o respiro e o perfume que exala da vida sem desumanizar a tristeza do fim. Eu só queria pensar de leve no amor e arrancar dele a beleza que nunca senti.
Eu só queria… Eu só queria… O tempo me chama. Entrelaço minhas mãos às dele e vou… Vislumbro os nós.

Alda Alves Barbosa

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