Faça besteiras. Não aumente o tamanho do seu pensamento, porque o que você pensou já passou. O que ocorre dentro da normalidade ,ajustado, sem divergências , ninguém lembra. Lembramos dos enganos, das cenas pouco convencionais, do fora que levamos, dos desaforos que engolimos e dos “ barracos “ que construímos para sermos destruídos . Faça besteiras , converse somente com o silêncio: não há ninguém que possa libertar os seus ouvidos, não há ninguém para cercear sua boca para que o seu futuro do passado não seja só mágoas. Saia na tempestade tome banhos de todas as chuvas, jogue bela janela a timidez e converse bastante, mas do que o suportável. Tome leite e coma uma manga. Pegue as chaves que estão no chaveiro e balance-as para acordar o mundo. Faça besteiras, compre livros de auto-ajuda para aprender como se ganha dinheiro, para fazer desaparecer seus fantasmas . Chame alto os vizinhos ,diga a eles que não suporta mais não ser incomodada. Grita para eles que para caminhar com a vida precisa estar viva .Pegue aquela roupa bonita que escreveu memórias. Pense mais nas memórias . Desista dos compromisso agendados, mexa nas gavetas onde estão as lembranças e jogue para cima os papéis do tempo. Fale sem pensar. Assobie uma música que você não gosta. Receba a visita que lhe chateia. Ponha a vassoura atrás da porta. Faça zig-zag para andar, quem anda em retas fica sem história pra contar. Jante sozinha em um restaurante, a vida ficará lhe devendo mais. Ame por amar sem contrato, sem casar. Leia um livro sem analisar o texto e o contexto. Esqueça a dor do final das tardes de cada domingo. Saia, retorne tarde. Solte palavrões depois do afeto. Não chore, não chantageie, mas faça besteiras porque ninguém lembra do que foi normal. Que o ontem não seja lembrado somente por aquilo que ficou por dizer, por fazer…
Alda Alves Barbosa
Alda é isso! Tem tudo a ver com o viver o agora.
Carpe diem
Epitáfio
Titãs
Composição: Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer…
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração…
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar…
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor…
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier…
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar…
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr…
Carlos, esqueci totalmente desta música linda, cheia de poesia… do que poderia ter feito e não fez, do que poderia ter sido e não foi, do que poderia ter visto e não viu, do que poderia ter vivido e não viveu. Casaria com o texto. E ao escrever este texto e a música que você me enviou… Mudei de vida, mudei meu olhar, vou amar…E como vou. Beijos meu querido amigo.
Segunda-feira haverá a votação para colocar o nome de pai na rua três. Antério assinou, agora é a decisão dos vereadores que acredito não haver problema nenhum. Esta rua começa na ABB e termina ma esquina da rua da Serra. Estou muito feliz e sei que você está. Abraços,
Alda
viver é um absurdo! mas é maravilhoso e mágico, assim como esse texto!
te amo muitooooooooo tia, e a saudade tá que tá!
Dani, viver é absurdamente mágico. E esta magia consiste justamente em não conhecermos o momento seguinte: “magicamente” entramos no absurdo da tristeza como também podemos entrar no mundo da alegria. Sim Dani, viver é a magia das consequências dos nossos atos ou dos atos dos outros em nossas vidas. É a lei da vida, a lei do retorno. Então como Carlos escreveu em seu comentário: Eu queria ter amado mais… Eu queria… Eu queria… Não fique só no querer, faça, se não fizer… Eu queria ter me amado mais… Eu queria ter amado o outro mais…
Beijos, minha linda
Saudades de vocês
Tia Alda