Eu não sei o que dizem
todos os rios
(ou quase todos),
Mas sei tudo que o
rio da minha cidade diz:
ele fala a mesma língua das
árvores do cerrado
desta terra amorenada
pelo sol escaldante.
O rio Preto me fala
e eu entendo as histórias
que não posso repetir.
Tantos segredos meus
o meu rio levou…
E o que ele me pediu
vou cumprindo devagar,
Passo a passo,
nesta terra, neste chão.
Assim, ouço a voz
do Rio Preto
como se antes de dizer
já me houvesse dito:
sonhos sempre me
uniram aos sussurros desta
doce torrente de
timbre calmo na seca e
voz de cheia com suores
turbulento nas águas, sem
perder o tom,
sem perder a voz
noturna dos clamores
do velho e amoroso rio
da minha infância.
Alda Alves Barbosa
Oi Alda, Tanta lembraça, tanta história, tanta sandades de um rio que encanta uma cidade.
Grande abraço.
Orlando – DF
Oi Orlando, você não imagina como escrevi este poema: Como você mesmo disse, tanta história, tanta lembrança, tanta saudade…
Mas esqueceu de dizer, quanta seiva, quanta vida… Quanto amor!
Leu o texto que meu pai escreveu? Enquanto postava me lembrei de você, do seu primeiro comentário em nosso site, lembra-se?
Chorei muito, emocionei demais ao lê-lo!
Com carinho,