Amo o luar, os raios de sol,
as pedras que descansam
pelos caminhos. Amo as águas
negras do Rio Preto, o olhar
doce dos animais.
Amo o são caetano que
entende a voz dos muros
de arame farpado e se abre
derramando pelo chão sementes
cor de sangue.
Amo todos os sonhos silenciosos,
os corações que escorrem palavras,
e emudecem tudo que é grandioso
e ínfimo.
Braços que amparam a todos nós!
Som plangente infinito, que é o
eco da nossa imensa insignificância.
Alda Alves Barbosa