Caminhante,
busquei pelas estradas íngremes,
pelos lugares improváveis
onde se esconde a felicidade:
vi flores, cigarras, canários…
encontrei saudades.
Andei por estradas retas e
curvas, de lá trouxe o
brilho do sol refletindo
intensamente a prata nos
meus cabelos e pólen nas asas
do vento. Escutei meu coração,
ouvi vozes conhecidas, vi os
campos na madrugada… vi a
última estrela na névoa da aurora.
Cansada pelas andanças
meu corpo deseja aquietar-se.
em mim deságuam os anos e
vastas pausas.
A lua, triste, mas serena,
o tempo… segue continuado.
Alda Alves Barbosa
Pois é minha linda ! Nossas vidas são repletas de andanças constantes e sem fim. Mesmo que não encontramos o que desejamos, seguimos em frente, sempre a procura de algo que nos traga alegria, paz. E como esta procura é eterna no homem, seremos sempre andarilhos até que o tempo nos faz parar porque chegamos ao fim da jornada.
Beijos
Sim, o homem e sua eterna procura. O homem com uma existência permeada de solidões ;e a não aceitação dela o faz prosseguir na caminhada a procura do outro que na verdade somos nós mesmos. Ninguém pode nos fazer feliz ,somos nós a nossa felicidade. É claro que precisamos da convivência com as pessoas sim, mas jogá-las sobre elas a responsabilidade de nossa existência é doentio. E para que nos assumamos como responsáveis por nós mesmos tornamo-nos caminhantes sempre…
O fim está atrás do arco-íris!
Beijos