Vida dos Insetos – As abelhas

vida dos insetos

abelhas-e-favos-wallpaper-23974 (1)

AS ABELHAS

As abelhas são insetos sociais que vivem em colônias. Elas são conhecidas há mais de 40.000 anos e as que mais se prestam para a polinização, ajudando enormemente a agricultura, produção de mel, geleia real, cera, própolis e pólen, são as abelhas pertencentes ao gênero Apis.

Inseto laborioso, disciplinado, a abelha convive num sistema de extraordinária organização: em cada colmeia existem cerca de 80.000 abelhas e cada colônia é constituída por uma única rainha, dezenas de zangões e milhares de operárias.

ABELHA RAINHA

A rainha é personagem central e mais importante da colmeia. Afinal, é dela que depende a harmonia dos trabalhos da colmeia, bem como a reprodução da espécie.

A rainha é quase duas vezes maior do que as operárias e sua única função do ponto de vista biológico, é a postura de ovos, já ela é a única abelha feminina com capacidade de reprodução

A rainha consegue manter este estado de harmonia segregando uma substancia especial, denominada ferormônio, a partir de suas glândulas mandibulares, que é distribuída a todas as abelhas da colmeia. Esta substância, além de informar a colônia da presença e atividade da rainha na colmeia, impede o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos das operárias, impossibilitando-as, assim de se reproduzirem. É por esta razão que uma colônia tem sempre uma única rainha. Caso apareça outra rainha na colmeia ambas lutarão até que uma delas morra.

A rainha nasce de um ovo fecundado, e é criada numa célula especial, diferente dos alvéolos hexagonais que formam os favos. Ela é criada numa cápsula denominada realeira, na qual é alimentada pelas operárias com a geléia real, produto riquíssimo em proteínas, vitaminas e hormônios sexuais. A geleia real é o único e exclusivo alimento da abelha rainha, durante toda sua vida.

A abelha rainha leva de 15 a 16 dias para nascer e, a partir de então, é acompanhada por um verdadeiro séquito de operárias, encarregadas de garantir sua alimentação e seu bem-estar. Após o quinto dia de vida, a rainha começa a fazer vôos de reconhecimento em torno da colmeia. E a partir do nono dia, ela já esta preparada para realizar o seu voo nupcial, quando, então, será fecundada pelos zangões. A rainha escolhe dias quentes e ensolarados, sem ventos fortes, para realizar voo nupcial.

Para atrair os zangões de todas as colmeias próximas, a rainha libera em pleno voo, um ferormônio sexual que é captado pelos machos a quilômetros de distância, e como voa em alta velocidade e grandes altitudes, a maioria dos zangões não consegue acompanha-la. Assim, ela faz uma seleção natural, pois somente os machos mais fortes e rápidos conseguem segui-la.

Quando finalmente os zangões conseguem alcança-la, há o momento da cópula nupcial, onde a rainha prende o testículo do zangão, que morre gloriosamente após fecunda-la… E aí esta o grande segredo da rainha, pois ela recebe milhões de espermatozoides do zangão que ficarão em um reservatório de sêmen de seu organismo, chamado espermateca. Nesta fase a rainha fica na condição de hermafrodita (fêmea e macho ao mesmo tempo) fecundada para o resto de sua vida. Ela poderá, excepcionalmente, nesta época de fecundação, realizar outros vôos nupciais, caso a sua espermateca não esteja completamente lotada.

O Voo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colmeia, a não ser para acompanhar uma enxameação, isto é, parte de um enxame que abandona uma colmeia, para formar uma nova colônia.

Ao retornar à colmeia, a rainha passa a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com geleia real, limpam seus excrementos, cuidam de sua higiene. Assim, ela sua única preocupação e a postura de ovos, para nascerem mais abelhas. Em condições favoráveis de clima e alimento (Florada), uma rainha pode botar cerca de três mil ovos por dia.

Caso a rainha morra ou seja removida da colmeia, toda a colônia imediatamente perceberá sua ausência, justamente pela interrupção da produção do ferormônio que induz as abelhas ao trabalho e que informa da presença da rainha na colmeia.

ABELHA ZANGÃO

Se a rainha tem como única obrigação à postura de ovos, a única função dos zangões é a fecundação das rainhas virgens. O zangão é o único macho da colmeia, não possui ferrão e, nasce dos ovos fecundados depositados pela rainha num alvéolo maior que os das abelhas operárias.

Por não possuir órgãos de trabalho, o zangão não faz outra coisa a não ser voar à procura de uma rainha virgem para fecunda-la.

Os zangões nascem 24 dias após a postura do ovo e atingem a maturidade sexual azo 12 dias de vida. Vivem de 80 a 90 dias e dependem única e exclusivamente das abelhas operárias para sobreviver: são alimentados por elas, e por elas são expulsos da colmeia nos períodos de falta de alimento – normalmente no outono e no inverno – morrendo de fome ou frio.

Quase duas vezes maiores do que as operárias, a presença de zangões numa colmeia é sinal de que há alimento em abundância, ou se muito MEL.

Apesar de não possuir órgãos de ataque, defesa ou de trabalho, o zangão é dotado de aparelhos sensitivos excepcionais: podem identificar, pelo olfato ou pela visão, rainhas virgens a dez quilômetros de distância.

Os zangões costumam agrupar-se em determinados locais próximos às colmeias, onde ficam à espera de rainha virgens. Quando descobrem a “princesa”, partem todos em perseguição à rainha, para copular em pleno voo, o que acontece sempre acima dos 11 metros de altura. No vôo nupcial, uma média de oito a dez zangões conseguem realizar a cópula, ou seja os mais fortes e Vigorosos. Eles pagam um preço muito alto pela proeza: após a cópula, seu órgão genital é rompido, ficando preso à câmara do ferrão da rainha. Logo após, o zangão morre.

ABELHA OPERÁRIA

A abelha operária é uma verdadeira “carregadora de piano”. Afinal ela é responsável por todo trabalho realizado no interior da colmeia, exceção feita à postura de ovos, atividade exclusiva da rainha. As abelhas operárias encarregam-se da higiene da colmeia, garantem o alimento e a água de que a colônia necessita, coletando pólen e néctar, produzem a cera com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família. Além destas atividades, as operárias ainda mantêm uma temperatura estável, entre 33 º e 36º C, no interior da colmeia, produzem e estocam o MEL que assegura a alimentação da colônia, aquecem as larvas (crias) com o próprio corpo em dias frios e elaboram a PRÓPOLIS, substância processada a partir de resinas vegetais, utilizadas para desinfetar favos, paredes , vedar frestas e fixar peças, na colmeia.

As abelhas operárias nascem 21 dias após a postura do ovo e podem viver até seis meses, em situações excepcionais de pouca atividade. O seu ciclo de vida normal não ultrapassa os 60 dias.

Mas apesar de curta, a vida das operárias é das mais intensas. E esta atividade já começa momentos após seu nascimento, quando ela executa o trabalho de faxina, limpando, alvéolos, assoalho e paredes da colmeia. Daí a denominação de faxineira. A partir do quarto dia de vida, a operária começa a trabalhar na “cozinha” da colmeia com o desenvolvimento de suas glândulas hipofaríngeas, ela passa a alimentar as larvas da colmeia e sua RAINHA. Chamadas neste período de sua vida, que vai do 4º ao 14º dia, de nutrizes, essas abelhas ingerem pólen, mel e água, misturando estes ingredientes em seu estômago. Em seguida, esta mistura que passou por uma série de transformações químicas, é regurgitada nos alvéolos em que existam larvas. Esta mistura servirá de alimento às abelhas por nascer.E, com o desenvolvimento das glândulas hipofaríngeas, produtoras de geleia real, as operárias passam a alimentar também a RAINHA, que se alimenta exclusivamente desta substância.

De nutrizes, as operárias são promovidas a engenheiras, a partir do desenvolvimento de suas glândulas cerígenas, o que acontece por volta do seu nono dia de vida. Com a cera produzida por estas glândulas, as abelhas engenheiras constroem os favos e paredes da colmeia e operculam, isto é, fecham as células que contêm MEL maduro ou larvas. Além deste trabalho, estas abelhas passam a produzir Mel, transformando o néctar das flores que é trazido por suas companheiras. Até esta fase, as operárias não voam, e ficam somente na colmeia.

A partir do 21º dia de vida, as operárias passam por nova transformação: elas abandonam os trabalhos internos na colmeia e se dedicam à coleta de água, néctar, pólen e própolis, e à defesa da colônia. Nesta fase, que é a última de sua existência, as operárias são conhecidas como campeiras.

GALERIA

Referências:

 http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/abelha.htm

http://www.angelfire.com/wy/shangrila/vida.html

Vida dos Insetos – Vaga-lumes

23out2012---dezenas-de-borboletas-monarcas-danaus-plexippus-se-amontoam-no-tronco-de-uma-arvore-do-santuario-chincua-serra-no-mexico-entre-outubro-e-marco-cerca-de-1-bilhao-dos-insetos-saem-dos-1351019531407_956x5

firefly-pics2

     O Vaga-lume, também conhecido como pirilampo, é um inseto muito conhecido pela produção e emissão de luz.

     A luz dos vaga-lumes ocorre em função da presença da luciferina, que são pigmentos responsáveis pela bioluminescência (emissão de luz por alguns animais).

     A parte iluminada, geralmente na cor verde florescente, dos vaga-lumes fica na parte inferior da região abdominal.

     Estes insetos possuem, de acordo com a espécie, de 1 a 3 centímetros em média de comprimento.

     Possuem uma coloração que vai do amarelo claro ao marrom escuto. Algumas espécies possuem faixas pretas no corpo.

    Os vaga-lumes da espécie dos elaterídeos emitem faixos de luz de aproximadamente um metro de diâmetro. Voam acima das copas das árvores. O acasalamento ocorre na fase do verão, período que ficam mais ativos. Os vaga-lumes adultos vivem somente no verão.

     Os vaga-lumes alimentam-se, principalmente, de lesmas e caramujos.

     Os vaga-lumes podem viver de 1 a 3 anos.

     As fêmeas dos vaga-lumes botam os ovos em árvores apodrecidas.

   Embora encontrados algumas vezes nas cidades, o habitat dos vaga-lumes são as matas e florestas úmidas, campos e cerrados. Gostam também de brejos e regiões alagadas.

91510e30211eb7fde5355e3bf4c3c27b

Como é produzida a luz do vaga-lume?

     A luz é produzida pelo organismo do inseto com uma reação bioquímica que libera muita energia.

     O processo chamado de “oxidação biológica”, permite que a energia química seja convertida em energia luminosa sem a produção de calor, por isso é chamada de luz fria.

As luzes têm diferentes cores, pois variam de espécie para espécie e nos insetos adultos facilitam a atração sexual. Os lampejos equivalem ao início do namoro: são códigos para atrair o sexo oposto.

Mas a luminescência também pode ser usada como instrumento de defesa ou para atrair a caça.

Ameaça aos vaga-lumes

Um problema que ameaça os vaga-lumes é a iluminação artificial, que por ser mais forte, anula a bioluminescência, podendo interferir diretamente no processo de reprodução da espécie que podem sofrer perigo de extinção.

Galeria:

Referências:

http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/vaga-lume.htm

http://educar.sc.usp.br/licenciatura/98/keila.html

Vida dos Insetos – Grilos

Imagem

 GRILOS

Imagem

Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Insecta
Ordem Orthoptera

      Grilos são insetos pertencentes à Ordem Orthoptera, assim como os gafanhotos. Tal grupo se caracteriza por representantes de cabeça grande, olhos compostos, longas antenas e peças bucais mastigadoras. Alguns também possuem asas e/ou pernas traseiras fortes, adaptadas ao salto. Todos os grilos têm esta última característica, e a maioria tem asas.

       Existem cerca de 900 espécies de grilos, em todo o mundo. Eles são animais predominantemente noturnos; vivem em tocas, construídas por eles; e se alimentam de plantas, insetos, fungos e restos de alimentos humanos. Possuem cerca de dois centímetros e meio de comprimento, e cores que variam entre o preto, marrom, verde e branco.

Reprodução

       Os grilos se reproduzem com grande facilidade, gerando um número grande de filhotes. Cada fêmea coloca cerca de 100 ovos durante seu período reprodutivo.

       O grilo é um inseto ovíparo com metamorfose incompleta (não apresenta a fase de pupa).

       Os ovos demoram entre 15 e 20 dias para eclodir, medem aproximadamente 2 mm, são razoavelmente translúcidos. A fêmea põe os ovos no chão durante o outono e as crias nascem na primavera seguinte. As ninfas (grilos jovens semelhantes aos adultos) sofrem de 5 a 7 mudas até se tornarem adultos (maturidade sexual), isso leva cerca de 60 dias. A maturidade sexual pode ser observada quando os machos começam cantar.

      O ovopositor da fêmea é grande, delgado e cilíndrico; a genitália masculina pode não ser observada externamente. Além desta diferença, os machos são menores que as fêmeas – dimorfismo sexual.

      Os grilos machos cantam para atrair as fêmeas para a reprodução. Somente os machos cantam. O som é emitido a partir da fricção entre as suas asas e é chamado de estridulação. Na borda de suas asas existem pelos, alinhados como pentes. Em cada época do ano, um som peculiar é produzido.

Curiosidades sobre os grilos:

– Em muitas culturas, esses animais são considerados sinônimos de boa sorte;

– Em algumas espécies de grilos, como a Platycleis affinis, os machos possuem testículos muito grandes, representando aproximadamente 14% de sua massa corporal;

– A criação de grilos já foi um hobby bastante difundido entre os chineses, que os mantinham em gaiolas feitas de bambu ou madeira;

– Muitos países possuem criadouros de grilos, visando principalmente a sua comercialização para restaurantes especializados, e lojas de pescaria, para serem vendidos como iscas;

Referência:

http://www.brasilescola.com/animais/grilo.htm

Galeria:

 ImagemImagem

ImagemImagem

ImagemImagem

ImagemImagem

Vida dos Insetos – As Formigas – Parte III

Imagem

Como as formigas reconhecem umas às outras?

         As formigas de um formigueiro tem um odor especial que as ajuda a reconhecer umas às outras. As forasteiras ou inimigas têm odores diferentes. As formigas soldado farejam esses invasores e os matam.

         As formigas não têm ouvidos. “Ouvem” vibrações por meio de seus órgãos sensórios. As antenas da formiga são seu órgão sensório mais importante. As formigas usam as antenas para cheirar, tocar, saborear e ouvir. É fácil compreender por que as antenas de uma formiga estão sempre se mexendo. As antenas ajudam as formigas a encontrar e provar comida. Ajudam-nas a reconhecer e tocar umas às outras. As antenas até ajudam as formigas a encontrar o caminho que procuram.

        A maioria das formigas dispõe de dois olhos compostos. Um olho composto tem diversas lentes (o olho humano só tem uma lente.) Por causa das lentes compostas, as formigas veem as coisas em fragmentos, como em um caleidoscópio. Elas são melhores em perceber movimentos do que em perceber formas.

 Tipos de formigas

       Existem cerca de 10 mil espécies de formigas. Muitas delas são bem conhecidas dos seres humanos, ainda que diversas outras sejam vistas raramente, porque vivem quase completamente no subsolo, ou saem à superfície apenas para procurar alimentos, à noite. Entre as formigas interessantes ou incomuns, temos as seguintes:

Formiga de cupim

        Essa espécie constrói ninhos e túneis em madeira morta, árvores, postes e no madeirame de edifícios. Ainda que não comam a madeira, elas podem causar estragos consideráveis. Elas são encontradas em regiões de clima temperado de todo o mundo. As trabalhadoras da espécie estão entre as maiores formigas conhecidas. A formiga de cupim preta é a maior encontrada nos Estados Unidos. As trabalhadoras tem cerca de 1,3 cm de comprimento e as rainhas chegam a 2,5 cm. Essa formiga ocasionalmente entra nas casas em busca de alimentos doces.

 Imagem

Formigas legionárias

        Essa espécie transfere seus formigueiros a cada duas ou três semanas. São encontradas principalmente na África e na América tropical. Diversas espécies são encontradas no sul e sudoeste dos Estados Unidos. As formigas legionárias são predadoras, e suas tropas de busca de alimentos são conhecidas por exterminar insetos, lagartos e pequenos animais. O ferrão das legionárias é muito venenoso, e são conhecidos casos em que mataram galinhas e animais maiores. As legionárias se dividem entre diversos tipos diferentes de trabalhadoras, entre as quais soldados. As formigas soldado são maiores do que outras trabalhadoras, e têm mandíbulas fortes e dotadas de ganchos.

     As formigas legionárias são nômades; seus movimentos se relacionam ao desenvolvimento de sucessivas ninhadas. Quando os ovos estão sendo postos e depois se tornam larvas, a colônia se mantém imóvel. Ao longo do período, a geração evolui de pupas para adultos. O formigueiro todo então se transfere ao próximo local, por meio de um túnel construído pelas trabalhadoras e coberto de folhas. As larvas são transportadas ao novo local nas bocas de algumas das trabalhadoras.

 Imagem

Que formigas estão em movimento?

      As formigas legionárias estão quase sempre em movimento. Não constroem ninhos permanentes. Marcham sempre em frente, transportando os filhotes e procurando comida. Matam e comem qualquer coisa que encontrem. Isso em geral inclui aranhas e outros insetos. Mas, em alguns casos, elas tomam como presas animais maiores que não consigam escapar rapidamente.
A cada noite, o exército de formigas para para repousar. Elas se unem e formam um núcleo em um galho de árvore ou tronco. A rainha e os filhotes em desenvolvimento ficam no centro do grupo, onde estão protegidos.
Quando a rainha está pondo ovos, o grupo todo de formigas legionárias acampa no mesmo lugar a cada noite. Eles ficam no acampamento temporário até que todos os ovos se desenvolvam na forma de larvas ativas. Quando as larvas começam a crescer, o grupo se transfere a um novo local a cada noite.

Imagem

Formigas lava-pés

        Espécie nativa da América do Sul, mas hoje também encontrada no sul dos Estados Unidos. Elas comem diversos alimentos, entre os quais frutas, legumes e insetos. As formigas lava-pés têm uma picada dolorosa, que produz uma sensação de queimadura. Exércitos dessas formigas já foram responsáveis pela morte de animais do porte de vacas. Elas são consideradas uma peste agrícola, porque destroem plantas alimentícias em desenvolvimento. As formigas lava-pés cobrem seus formigueiros com pilhas de terra sólida, algumas das quais com 60 cm de altura. Entram e saem por diversos túneis escavados no monte.

Imagem

Formigas criadoras de fungos

        Essas espécies existem apenas no Novo Mundo e cultivam uma certa espécie de fungo como alimento. Algumas espécies de formigas criadoras de fungos cortam folhas de árvores e outras plantas e as carregam para seus ninhos. Mastigam as folhas e formam uma polpa que usam como base para cultivar fungos. Elas costumam ser conhecidas como formigas corta-folhas. Também são conhecidas como formigas guarda-sol, porque seguram as folhas por sobre as cabeças quando as transportam. Algumas formigas criadoras de fungos constroem seus jardins com excrementos de outros insetos.

Imagem

Que formigas cultivam fungos?

      As formigas corta-folhas são agricultoras que cultivam sua comida em jardins subterrâneos. A comida que cultivam é um fungo, uma espécie de mofo. Elas fertilizam seus jardins de fungos com pedaços de folhas.

        As formigas corta-folhas constroem imensos formigueiros. Seus ninhos podem ter mil câmaras e se estender a profundidades de até seis metros. Lá dentro, até um milhão de formigas podem estar trabalhando.

        Formigas pequenas e grandes são necessárias para cultivar o fungo. As formigas trabalhadoras maiores saem à noite para recolher folhas, e usam suas mandíbulas longas e dotadas de ganchos para cortá-las. Depois, marcham de volta ao ninho, segurando as folhas por sobre a cabeça. Por esse motivo elas algumas vezes são chamadas de formigas guarda-chuva ou formigas guarda-sol.

         Dentro do ninho, formigas menores mastigam as folhas e formam uma polpa, ou pasta e colocam essa pasta sobre os fungos. Mais tarde, pequenas formigas colhem o fungo e alimentam a colônia.

Imagem

Formigas colheitadeiras

        A espécie recolhe e armazena certas sementes de gramíneas selvagens ou de grama cultivada. Reúnem sementes recolhidas de plantas e apanhadas do solo e as armazenam em câmaras subterrâneas. Nos dias de sol, as levam à superfície para secar. Há diversas espécies de formigas colheitadeiras, em regiões temperadas e subtropicais. Elas podem infligir mordidas e picadas doloridas.

Formigas do mel

       As formigas do mel usam uma variedade de trabalhadoras, chamadas repletes, como vasos vivos de armazenagem de alimentos. Elas recolhem néctar de plantas ou o fluido excretado por outros insetos que se alimentam de néctar, e alimentam as demais trabalhadoras com isso. As repletes se abastecem até que seus abdômens se distendam em tamanho muitas vezes superior ao normal, o que as impede de se mover. Ficam penduradas do teto das câmaras de alimentação e distribuem alimento por regurgitação às demais formigas, nas temporadas de seca, quando comida e água são escassos. Existem diversas espécies de formiga do mel. Vivem no sudoeste dos Estados Unidos, no México, na Austrália, na Nova Guiné e em partes da África.

 Imagem

Que formigas criam afídeos?

     Há formigas “pecuaristas”, que criam afídeos (pulgões) – da mesma maneira que as pessoas criam gado! As formigas mantêm os afídeos juntos e os protegem contra outros insetos. E por que as formigas o fazem? Porque os afídeos produzem uma essência açucarada de que as formigas realmente gostam. Os afídeos são pequenos insetos que sugam sucos das plantas e excretam o excesso como essência. As formigas se alimentam dessa essência. Usam suas antenas para tocar os afídeos, levando-os a produzir mais do líquido doce, açucarado.

         Elas cuidam bem dos afídeos. O rebanho é transferido caso os afídeos precisem de plantas melhores com as quais se alimentar. Elas até armazenam ovos de afídeos durante o inverno a fim de criar um novo rebanho na primavera. Uma jovem rainha também pode levar consigo um afídeo fértil quando começa uma nova colônia. Ela carrega o afídeo em suas mandíbulas.

Formigas negras

     Pequenas formigas negras são nativas dos Estados Unidos, e vivem na maioria das regiões do país. São encontradas em casas, em rachaduras nas calçadas e em gramados. As pequenas formigas negras são atraídas pelos alimentos humanos, especialmente carnes cozidas e legumes, e qualquer coisa que contenha açúcar. Mantêm-se ativas de dia e de noite, e são vistas muitas vezes transportando alimentos de volta a seus ninhos.

Imagem

Formigas escravocratas

        Essas formigas atacam os ninhos de outras espécies de formigas e capturam larvas e pupas, que se transformam em trabalhadoras escravas em seus formigueiros quando se tornam adultas. Algumas das espécies de formigas escravocratas podem viver sem escravos, se necessário. Outras são completamente dependente deles, e não são capazes de executar sozinhas as tarefas de suas colônias. As formigas escravocratas estão distribuídas amplamente por todo o mundo.

 Imagem

Que outras formas de vida as formigas levam?

        As formigas levam muitas formas de vida diferentes. As colheitadeiras recolhem sementes e as armazenam em câmaras especiais. Quando as colheitadeiras precisam de comida, mastigam as sementes e produzem uma polpa conhecida como pão de formiga. Elas comprimem o líquido desse pão e o engolem como alimento.

       As formigas do mel armazenam seu alimento, uma essência doce, em trabalhadoras especiais. Elas armazenam tanto alimento em seus gásters que se tornam incapazes de movimento. Pendem do teto do ninho e cospem a essência quando as demais formigas as tocam com as antenas.

     As formigas escravocratas roubam pupas de outros formigueiros e as criam no seu. Quando as pupas se desenvolvem, trabalham para o formigueiro, construindo túneis e alimentando as escravocratas.

          As formigas tecelãs constroem ninhos de folhas. Para fazê-lo, algumas trabalhadoras seguram as laterais de uma folha, trabalhando juntas, e outras carregam larvas produtoras de fios de seda e as passam pelas bordas das folhas, para “costurá-las” juntas.

Os insetos sociais estão em perigo?

        Em termos genéricos, os insetos sociais não estão em perigo. Existem milhões deles, e se reproduzem com tal rapidez que a extinção não é um perigo. Mas eles enfrentam certos riscos.

         As pessoas muitas vezes usam produtos químicos fortes para controlar pragas de insetos, Esses pesticidas podem ser perigosos para outros animais, plantas e para a terra. Destroem tanto os insetos daninhos quanto insetos benéficos.

       Mudanças no ambiente afetam os insetos. Mas existem milhões e milhões de insetos sociais. Eles rastejarão, caminharão e voarão por ainda muito tempo.

         As formigas são parte da família Formicidae, da ordem de insetos Hymenoptera, que inclui também as abelhas e vespas. Um exemplo de genus é o Camponotus, das formigas de cupim. No caso das formigas legionárias, o genus é o Eciton; no das formigas lava-pés, é o Solenopsis; no das formigas que cultivam fungos, Atta; no das colheitadeiras, Pogonomyrmex; no das formigas do mel, Myrmecocystus; no das formigas escravocratas, Polyergus. As pequenas formigas pretas constituem o genus Monomorium minimum.

Referência:

http://ciencia.hsw.uol.com.br/formiga5.htm  (05 de maio de 2013)