Depois de perambular, depois de andar por vagas estradas, acompanhada de pequenas esperanças, de sonhos derramando compaixão, tenho orgulho da tenacidade que insiste em morar no meu olhar… Estéreis resistências detidas entre sombras que crescem e asas trêmulas, me sinto existir nos altares de pranto e nos crepúsculos sem perfume.
No meu quarto, a lua abandonada, opaca, sem voz, eu, dona do amor, debruço sobre tapetes pálidos, naufrago no vazio, com arredores de pranto.
Cresce a sombra na paz da chuva, na flor da solidão.
Alda Alves Barbosa