Nas noites andam os segredos. Pálidas vozes nas sombras, sussurros do vento soprando nas janelas.
Nas noites andam os segredos. Sonhos que passam nas asas do vento, murmúrios para não acordar o amanhã.
Nas noites dormem os segredos. Dormem nos braços invisíveis do curso das águas, nos lamentos sucessivos do eterno mistério que é a noite, a vida e o poeta.
Alda Alves Barbosa