
O planger do sino da igreja matriz possui todas as almas que por elas choro. Só ele é o amanhecer; só ele é o anoitecer… Nascimentos e mortes do dia e da noite.
Nenhum amanhecer, nenhum anoitecer ele – o sino -, ignora. “Blém, blém, blém”… Meu corpo arrepia, minha alma chora. Arrepio que conhece o caminho da dor e a leva até a minh’alma.
Blém, blém, blém! Melancólico som… Parece querer me lembrar sempre das mesmas pessoas, das mesmas saudades, da mesma dor! E se não for esse o intento do sino? Talvez ele esteja apenas cumprindo o seu papel de chamar os fiéis para a Casa de Deus. Mas como saber?
Mesmo desconhecendo o seu verdadeiro propósito, enquanto o sino dobra debruço-me em meus braços e derramo lágrimas pelos mesmos motivos que as derramei nos ontens!
Alda Alves Barbosa
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