Visite a Cidade de Moeda – Minas Gerais

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Dispõe de um território com 155 km², onde viviam, em 2010, 4.689 pessoas. A densidade demográfica era, portanto, naquele ano, de 30,25 habitantes/km². O setor terciário predomina na economia. O bioma é de Mata Atlântica (Cf. http://www.ibge.gov.br – consulta em 24-04-2013).
Situa-se à margem direita do Rio Paraopeba.
Municípios limítrofes: Brumadinho, Itabirito e Belo Vale.
Está a 61 km de Belo Horizonte.
Gentílico: moedense.
História do Município, segundo o site do IBGE:
O povoamento começou no final do século XVII, com a chegada dos bandeirantes paulistas, como Fernão Dias Paes. Vieram também os portugueses em busca das riquezas minerais, durante o processo inicial da colonização de Minas Gerais.
Foram encontrados utensílios indígenas, pelas imediações da sede, que comprova a existência de tribos como os primeiros habitantes.
No início do século XVIII, alguns portugueses, para fugir dos altos impostos do quinto do ouro, construíram no meio da mata, na base da Serra, um casarão denominado de Fazenda Boa Memória ou Fazenda Boa Vista. A construção tornou-se a primeira fundição clandestina de moedas falsas do País. Anos mais tarde, após a prisão dos falsificadores, os moradores da região identificaram o casarão como Fazenda da Moeda. Após esse fato, eles batizaram a serra que, até então, se chamava Serra do Paraopeba, com o nome de Serra da Moeda.
Com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Central do Brasil, o povoado começou a prosperar, recebendo novos moradores. Com o término da construção da ferrovia, muitos dos ex-empregados se fixaram em Moeda, onde foi erguida uma pequena igreja dedicada a São Caetano. O povoado foi denominado São Caetano da Moeda, mais tarde Moeda.
Formação administrativa:

O Distrito foi criado em 1938, pela Lei Estadual nº 88.
Pertenceu a Ouro Preto, Bonfim e Belo Vale.
A emancipação do Município ocorreu através da Lei Estadual nº 1039 de 12-12-1953.
Hoje o município é formado por dois distritos: Moeda e Coco, e pertence à Comarca de Belo Vale.

Consulta: Gilda de Castro

Galeria:

Retalhos de Minas – Chapada Gaúcha

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Chapada Gaúcha

História

O município de Chapada Gaúcha, antiga Vila dos Gaúchos, teve seu início de povoamento no ano de 1976, quando chegaram os primeiros moradores oriundos do Rio Grande do Sul, pelo projeto PADSA – Projeto de Assentamento Dirigido à Serra das Araras, que integrava os municípios de Formoso, Arinos, Januária e São Francisco. E o povoado de Vila dos Gaúchos, No ano de 1994, houve plebiscito na Vila dos Gaúchos, para escolha do nome do novo Distrito, os nomes mais votados foram: Novo Horizonte, Chapada Gaúcha e Serra Gaúcha, como já tinham outros Distritos com a denominação Novo Horizonte, automaticamente prevaleceu o segundo: Chapada Gaúcha. Neste mesmo ano, a Câmara Municipal de São Francisco aprovou a Lei nº 1523 de 19 de dezembro de 1994 criando o novo Distrito de Chapada Gaúcha, tendo seu território desmembrado do Distrito remanescente de Serra das Araras. Em 28 de Janeiro de 1995, foi instalado o Distrito de Chapada Gaúcha, na antiga Vila dos Gaúchos; neste mesmo ano, começou o processo de emancipação do novo distrito.

Ocorrendo um fato inédito no Estado de Minas Gerais, pois foi o único povoado que virou Distrito e Município no mesmo ano, criado pela Lei 12.030 de  21 de dezembro de 1995, onde houve a junção dos Distritos de Chapada Gaúcha e Serra das Araras e criando o mais novo município do Grande Sertão Veredas (CHAPADA GAÚCHA) e tendo o Distrito de Serra das Araras como Distrito, em 1996 aconteceu a primeira eleição municipal e em 1º de Janeiro de 1997 instalou-se a primeira administração.

A partir da promulgação da Lei Orgânica, que ocorreu em 07 de novembro de 1997, estabeleceu-se 25 de Julho para se comemorar o aniversário do município, por ser dia do agricultor (colono/trabalhador rural) e dia do motorista, devido ao município ser essencialmente agrícola.

Veredas:  A própria moeda

Chapada Gaúcha

Em quase todo o comércio da pequena Chapada Gaúcha, município de 11 mil habitantes, adesivos informam aos clientes que as compras podem ser pagas com Veredas. A curiosa opção de pagamento, que causa estranhamento aos turistas desavisados, é a nova aposta da comunidade chapadense para alavancar o desenvolvimento econômico local.

Criada pela Agência de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Chapada Gaúcha (Adisc), em parceria com a Fundação Banco do Brasil e o Instituto Palmas e apoio do SEBRAE-MG, a Vereda é a primeira moeda social implementada em Minas Gerais. Ela foi instituída em julho de 2009 com o propósito de assegurar que o dinheiro de Chapada Gaúcha circule na própria cidade, já que seu uso é restrito aos moradores da localidade.

Chapada Gaúcha

A lógica do projeto é simples. “Sem comércio diversificado e agências bancárias, as pessoas precisavam se deslocar até os municípios vizinhos para buscar dinheiro e realizar suas compras.

Com validade apenas no município, as Veredas são indexadas e rastreadas em reais. Significa que para cada Vereda emitida, um real é depositado no caixa do recém-instalado Banco Comunitário Chapadense, instituição que administra os recursos e funciona como correspondente do Banco do Brasil na cidade.

Dessa forma, o cidadão pode efetuar a troca quando quiser, pois sempre haverá a quantidade equivalente de reais disponível.

Grande Sertão Veredas

Chapada Gaúcha

Parque Nacional fica fica ao lado da cidade de Chapada Gaúcha. O nome do parque, homenagem a Guimarães Rosa, não poderia ser mais justo: um enorme sertão, um verdadeiro “mar de cerrado”, todo entrecortado de veredas.

Este parque de quase 230 mil hectares fica dividido entre Minas e Bahia. Com pouco mais de 20 anos, ainda luta para se estruturar, acertar a questão da posse de terra e oferecer alguma infraestrutura ao turista.

O povo de Chapada Gaúcha, tem o orgulho de ser o município que mais cresce no Estado de Minas Gerais e de ser o maior produtor de sementes de capim do país, de ter o maior Parque Nacional da região do Cerrado (Grande Sertão Veredas), de realizar a maior festa religiosa do interior de Minas (Festa de Santo Antônio de Serra das Araras), de ser sede da maior festa do Grande Sertão (Encontro dos Povos) e de ter na história personagens históricos como: Antônio Dó, Eloi Ferreira da Silva, entre outros.

Galeria:

Fonte: http://www.chapadagaucha.mg.gov.br/

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Retalhos de Minas – Montalvânia

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Montalvânia

Montalvânia está localizada no extremo norte de Minas Gerais. Distante 775 Km de Belo Horizonte; 346 Km de Montes Claros; 748 Km de Brasília; 1.210 Km do Rio de Janeiro e 15 Km do estado da Bahia.

Nasceu de um camponês simples, que lutava por liberdade. Homem que buscava para um povo sofrido o raiar de um novo dia. Sem recursos e influências, surgiu de um ideal calcado na vontade, na garra, na saga de um homem corajoso, inteligente e destemido: Antônio Lopo Montalvão.

Assim, aos 22 dias do mês de abril de 1952, nas terras da fazenda Barra do Poções, surge uma faixa com a inscrição desafiadora: CIDADE DE MONTALVÂNIA.

A cidade possui uma grande concentração de grutas, lapas e abrigos com inscrições e pinturas rupestres milenares, que seriam, segundo o fundador, um compêndio de todos os símbolos e conhecimentos do planeta. Algumas têm mais de seis mil gravuras (Lapa do Possêidon).De acordo com o arqueólogo francês André Proust, um dos maiores pesquisadores da pré-história brasileira, e que esteve na cidade na década de 1970 desenvolvendo estudos, os milhares de símbolos e imagens que existem na região de Montalvânia, têm estilo completamente diferente de outras espalhadas pelo Brasil de tempos pré-históricos.

Inscrições rupéstres

Com praças, ruas e avenidas planejadas, arrojados projetos paisagísticos, Montalvânia vive em franco crescimento, se desponta como local promissor e de grande potencial turístico.

Suas vias públicas levam nomes de grandes pensadores e filósofos que fizeram a história da humanidade, como Buda, Confúcio, Platão, Maomé, Galileu Galilei, Einstein e muitos outros.

Distante de agentes poluentes, num raio de 300 Km, possui paisagens típicas do cerrado e natureza ainda em estado bruto. O rio Cochá banha toda a cidade com suas águas cristalinas e possui belas corredeiras e cachoeiras ideais para a prática de esportes de aventura. Os rios Carinhanha e Itaguari, que se encontram na comunidade de Pitarana, na divisa com a Bahia (15 Km), também fazem parte do cenário turístico do município.

A igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, incrustada numa gruta, é local de peregrinação religiosa.

Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Do mirante do Cristo, no Monte Lopino, com seus imponentes jardins, avista-se toda a cidade.

Montalvânia é conhecida por suas belezas naturais, culturais, pelo mistério e misticismo que permeiam sua história e pela hospitalidade do seu povo.

Galeria:

Fonte: http://www.montalvania.mg.gov.br

http://www.montalvania.com.br

Retalhos de Minas – Teófilo Otoni

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HISTÓRIA DA CIDADE

Polo dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus, Teófilo Otoni conquistou o título de Capital Mundial das Pedras Preciosas. Da terra nasce a perfeição da Natureza. A gema bruta, retirada do ventre da Mãe Terra, abre espaço para o homem transformar o belo em imponente.

A cidade se localiza no nordeste do Estado de Minas Gerais, no centro da Província Gemológica Oriental Brasileira, uma das áreas mais ricas do planeta tanto em quantidade como em variedade e qualidade de suas ocorrências gemológicas.

Outro fato que possibilitou a Teófilo Otoni se distinguir das outras cidades da região nessa atividade foi sua colonização, principalmente dos alemães oriundos de Idar-Oberstein, que chegaram por aqui por volta de 1860, e trouxeram as técnicas de lapidação desenvolvidas nas minas de ágata de lá.

A partir de então, Teófilo Otoni desenvolveu um grande polo de lapidação e comercialização de pedras preciosas, tornando-se o maior centro nacional desta atividade. Esta vasta região se estende do norte do Estado do Rio de Janeiro, leste de Minas Gerais, Espírito Santo e sudeste da Bahia. Nessa imensa região, além dos minerais gemológicos, ocorrem ainda granito, calcáreos, grafite, dentre outros.

Sua origem se deve à criação da Companhia de Comércio e Navegação do Rio Mucuri, fundada pelo grande brasileiro Teophilo Benedicto Ottoni, com o objetivo de estabelecer comunicação mais fácil entre o nordeste de Minas e o Rio de Janeiro, por via fluvial e terrestre e, posteriormente, o estabelecimento de um porto de mar para o escoamento da produção da Província.

A abertura de estradas, o estabelecimento da navegabilidade do Rio Mucuri, em cuja rota a Campanhia estabelecia pontos de colonização, e a vinda de numerosos colonos portugueses, holandeses, belgas, franceses, chineses e alemães marcaram o início do desenvolvimento de Teófilo Otoni.

TURISMO

Cidade pólo do Circuito Turístico das Pedras Preciosas, Teófilo Otoni vem se destacando como destino para o Turismo de Negócios e Eventos.

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Principais pontos turísticos:

Catedral da Imaculada Conceição

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Uma das iniciativas do Padre Virgolino Nogueira (que era também chefe político), chegando a ser prefeito em 1891, foi demolir a antiga igreja, para construir outra no lugar. Conseguiu levantar uns dois metros da nova igreja, mas morreu quando visitava Caravelas no ano de 1899.

Ali sepultado, teve depois seus restos trasladados para Teófilo Otoni. A retomada da construção, com novo projeto, que resultaria na Catedral, coube ao Monsenhor João Pimenta a partir do ano de 1900.

A Catedral da Imaculada Conceição – também conhecida como Igreja Matriz, está localizada no centro da cidade, próxima à Praça Tiradentes, no local denominado “Alto da Catedral”. Com uma bela arquitetura, possui uma torre com relógio. O templo da Catedral destaca-se, logo na entrada, com duas colunas monolíticas, representando São Pedro e São Paulo, os alicerces da Igreja Católica.

Além dos belos quadros, pintados por Pe. Lázaro, destacam-se os altares e três peças retratando a Santa Ceia, a Morte de São José e a Dormição de Maria. Chama a atenção um belíssimo púlpito e os vitrais que transformam as janelas da igreja em obra de arte.
O estilo é gótico alemão.

Igreja Bom Jesus

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Totalmente reformada, preservando a belíssima arquitetura do templo, tendo completado, em 2003, cem anos de fundação.

Complexo Praça Tiradentes

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Localizada no coração da cidade, a praça é o seu ponto de irradiação. Totalmente arborizada, formada por dois magníficos jardins e árvores centenárias. Chama a atenção de todos, não só por sua beleza, mas também pelos raros habitantes: “as preguiças” (Bradypus tridactylus) – adultos e filhotes, constituindo-se em uma atração para todos os que passam naquele local.

A Praça Tiradentes já foi chamada de “Passeio Público”, tendo o início da sua construção em 1924 pelo então prefeito Adolfo Sá, sendo concluída em 1933 no governo do prefeito Manoel Pimenta.
Em 2001 foi totalmente recuperada; novos canteiros floridos, construção do Espaço Cultural e do Anfiteatro e modernização da Fonte Luminosa. No momento, está passando por mais um processo de revitalização, que promete ressaltar ainda mais os seus encantos.

Fonte Luminosa Musical

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Doada à cidade de Teófilo Otoni pelo povo alemão na gestão do Prefeito Germano Augusto de Souza, tendo sido inaugurada no ano de 1953, época do centenário da cidade.

Ela foi recebida na Alemanha pelo pedrista Armando Horta, credenciado pelo prefeito para tal finalidade. Após anos de funcionamento, o seu sistema funcional paralisou e, para consertá-lo, vieram especialistas de São Paulo e Belo Horizonte, os quais foram unânimes pela sua condenação. Porém, existia no Bairro São Jacinto, nas proximidades da Fazenda Arnô, uma oficina de ferraria pertencente ao austríaco Frantz Schweighofer, cujo filho restaurou a fonte por duas vezes, restituindo-lhe as variedades de jatos, cores e sons originais. Em 2001, a Fonte Luminosa foi novamente restaurada e modernizada, compondo o conjunto arquitetônico da Praça Tiradentes.

Monumento com Estátua e restos mortais do Fundador Teophilo Benedicto Ottoni

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Transladados do Rio de Janeiro em 1960, por determinação do Presidente Juscelino Kubitscheck, e se encontram na Praça Tiradentes – Panteon.

Maria Fumaça

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A locomotiva a vapor “Poxixá”, que trafegou muitos anos na Estrada de Ferro Bahia-Minas, hoje exposta na Praça Tiradentes.

Anfiteatro

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Local próprio para apresentações de música ao vivo e outras como dança, teatro, musicais, festivais, etc. – Praça Tiradentes.

Praça Germânica

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Totalmente reformada em estilo europeu, conta com um belo jardim e o Monumento ao Colono Alemão, ladeado pela fonte luminosa, em cujas paredes encontram-se gravados os nomes de famílias de imigrantes alemães.

Mercado Municipal

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Com produtos regionais; está, no momento, passando por uma reforma para melhoria em suas instalações, bem como implantação de um Restaurante Popular.

Galeria:

Fotos: Sérgio Mourão, Sérgio Guimarães; outras retiradas da internet.

Fontes:
http://www.teofilootoni.mg.gov.br
http://www.feriasbr.com.br/cidade/2408/MG/te%C3%B3filo-otoni/index.html

Itacarambi

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Itacarambi  é um município do Estado de Minas Gerais , situado na região Norte à margem esquerda do rio São Francisco. A origem  do município está no antigo distrito de São João das Missões,  pertencente ao município de Januária.

 O antigo povoado de Jacaré foi elevado à categoria de distrito  em 1926 e recebeu o nome de Itacarambi.

Muitas são  as versões  para a origem do significado  do nome : Rio da Pedra Redonda, Peixe que nada em volta da Pedra, Lugar  cheio de pedregulho e Pedra de duas faces,  sendo essa a versão mais aceita em razão da localização da cidade  tendo como referência um morro.

A formação do nosso município está inserida em junção da variadas raças: índios, escravos e branco.

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O rio São Francisco usado como integração da região nordeste ao sudeste , já naquela época exerceu papel preponderante no desenvolvimento e ocupação da nossa cidade que se tornou então um importante porto.

Os vapores e as barcas funcionavam como centros de comercialização no transporte de mercadoria  fomentando o comércio local , além, é claro, de serem naquela época os únicos meios de transporte em sua parte navegável de Juazeiro a Pirapora.

A emancipação político  administrativa ocorreu  no ano de 1962, através da Lei Estadual 2764-62, desmembrado do município de Januária e tendo  São João das Missões como distrito até a sua emancipação que ocorreu em 1995.

A agropecuária foi e é uma das principais atividades econômicas, sendo o gado destinado para corte e a produção de leite. O município possui um complexo cultural e científico  de importância mundial.

O Vale do Peruaçu  abriga uma fauna típica da região destaques para várias aves e outros animais raros ,ameaçados de extinção além é claro de ser palco de  exuberantes grutas e cavernas.

A área destinada ao Vale do Peruaçu  abrange cerca de  140 mil hectares, parte no município.

Galeria:

Referências: http://www.itacarambionline.com.br

Retalhos de Minas – São Romão – MG

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              A história do município é marcada pela luta contra os índios caiapós e pela repressão aos quilombos e aos assaltantes de estrada. Mas é marcada, sobretudo, pelo inconformismo com o jugo colonial, que explode na Revolução do Sertão em 1736. Os revoltosos de São Romão formam uma espécie de governo provisório, cujo plano geral era de que o distrito de Ouros – a região do rio das Velhas e do Sabarabuçu – se juntaria aos revoltosos assim que fosse dominado o sertão do São Francisco.

                Empório comercial e ponto de ligação dos sertões com o litoral, São Romão começa a decair com a derrota da Revolução do Sertão e com a nova saída para o mar, aberta pelo Caminho Novo – que partia do centro da província em direção ao Rio de Janeiro. Quase um século após a insurreição, em 1831, o arraial se torna vila com o nome peculiar de Vila Risonha de São Romão. Em 1923, é elevado a município.

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Patrimônio Histórico Arquitetônico e Cultural

Casa da Cultura  

            A antiga Cadeia Pública de São Romão (1880), hoje Casa da Cultura está localizada no que corresponde ao núcleo histórico do município. Destaca-se na paisagem a sua localização privilegiada, seu volume imponente e seu significado histórico para população local. Em seu entorno imediato encontram-se os remanescentes da arquitetura colonial.

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“ CASA DA MOEDA”

             Localizado no centro da cidade, possui uma construção no estilo eclético, com janelas frontais com vergas curvas e com um Brasão da República estampado em sua fachada.

             Eram três os casarões com o  Brasão da República em suas fachadas, construídos entre os anos de 1890 a 1930. Dois pertenciam a irmãos republicanos. Todos homens de posses e de letras, que chegaram a ter uma banda de música em São Romão. Todos os três casarões eram residências e comércio.

             Este casarão  sobrevivente foi vendido na metade dos anos de 1970. Foi transformado em pensão e restaurante que funcionou até a década de 1990. Foi restaurado no final da década de 2000 e no momento é a sede da Secretaria de Cultura do Município de São Romão.

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IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

               Foi a segunda Igreja a ser construída no município ( a primeira foi demolida ), considerada uma das mais antigas construções da cidade. Possui arquitetura colonial. Nela são realizadas algumas celebrações, missas festivas de tradição da cidade, como também a cavalhada nas vésperas da festa de outubro. Representa o início da história do município, o período da colonização no Brasil, uma época marcada por grandes lutas e desbravação de território.

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FESTAS E FOLCLORE

Festa de Nossa Senhora do Rosário (Festa de Outubro )

                É considera a festa tradicional da cidade. Começa na última semana de setembro com a cavalhada e levantamento do mastro na Praça da Igreja Nossa Senhora do Rosário. Em seguida na casa dos festeiros ( Rei e Rainha ) são servidos doces e bebidas aos cavaleiros e comunidade.

                Na primeira semana de outubro, no sábado noite, tem a coroação do Rei e da Rainha da Igreja Matriz do Divino Espírito Santo. Após a missa, os festeiros recepcionam os convidados em suas residências com apresentações folclóricas, comidas e bebidas típicas.

                No domingo,  às 4h da manhã acontece a alvorada com a banda 7 de setembro. Logo após sai o cortejo do reinado pelas ruas da cidade e com apresentação dos grupos folclóricos. À tarde a procissão de encerramento com a missa solene e sorteio de Rei e Rainha para o ano seguinte.

                Nesse período é organizada pela Prefeitura Municipal uma programação paralela a da Igreja, festa durante o dia no balneário Riacho da Ponte e à noite, na cidade, apresentações com bandas, barracas com artesanato, comidas e bebidas típicas. É uma época propícia de visitação dos san-romanenses ausentes que aproveitam essa data para rever parentes, amigos e matar a saudade de sua terra natal.

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Bumba-meu-boi

                É um evento que ocorre no mês de janeiro e fevereiro com apresentações do Bumba-meu-boi, um grupo folclórico bem rústico, com instrumentos feitos por eles mesmo.

                É caracterizado por uma cabeça de bovino verdadeira e o dorso confeccionado de madeira, coberto por tecido simples. Dois vaqueiros munidos de equipamentos que imitam varas de ferrão e duas “ catirinas “ ( crianças vestidas de túnicas brancas ou de saias com blusas, lenços brancos na cabeça, na forma de turbante ), dançam com os vaqueiros antes da chamada do boi, que aguarda à distância. Tudo isso no ritmo de cantos, músicas características e palmas.

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Cavalhada

                  Acredita-se que a três séculos tenha começado a cavalhada em São Romão. Fala-se sobre a vinda de tropeiros e também sobre uma provável aparição de Nossa Senhora do Rosário. Enfeitam-se os cavalos com fitas, forro com desenho de santa e guizos com som de cascavel. Durante a cavalhada, os integrantes usam chapéu de palha, roupas brancas, fitas coloridas e levam na mão uma lanterna que tem que permanecer acesa durante a apresentação.

Batuque

                Uma dança de origem africana. Moças e rapazes vestidos de branco dançam e cantam ao som do batuque e de um instrumento musical chamado roncador. Vão tocando uns nos ombros dos outros, giram o corpo e tocam-se de novo. O público presente pode participar da dança.

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Dança de São Gonçalo

                Conta a tradição que São Gonçalo era um violeiro. E para não deixar as mulheres livres e tirá-las da vida fácil, ele ajuntava todas as mulheres em um bar e tocava seu violão. As mulheres se interessavam e esqueciam de se prostituir. Daí elas encontravam pares que até acabavam em casamento. Dança de origem portuguesa, onde dois senhores vestidos de branco ficam à frente de duas fileiras de danças. Cantam e fazem alegorias com grandes arcos segurando nas mãos, ornamentados com tiras de papel.

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Congado

                Dança originada na África e tem origem no sincretismo entre cultos africanos com devoções da Igreja Católica. Eles dançam em ginga, utilizam caixa de batuque e dois pandeiros, e acompanham o cortejo do Rei e da Rainha, ou imperador nas festas religiosas.

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Caboclos

                De origem indígena, fundada após verem os índios dançando na ilha. Usavam saiotes feitos  de palha de buriti e tintas por todo corpo, tirada do urucum. Cabelos compridos de malva roxa, que colocavam de molho durante um mês e oito dias, depois batiam para desfiar e colocavam tintol da cor preta. Cantavam e dançavam em rodas, percorrendo as ruas da cidade. Todos usavam capacetes feitos de papelão enfeitados com papel de seda e penas de pavão. O chefe e o Capitão usam pulseiras de penas nos braços e nas pernas. O chefe usa lança e os caboclos usam a flecha. Hoje em dia não se pintam mais os corpos, os caboclos usam camisas vermelhas em honra do Divino Espírito Santo e camisa azul que representa o manto de Nossa Senhora D’ Abadia.

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Belezas Naturais

Riacho da Ponte

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Rio São Francisco

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Ilha Caiapós

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Balneário do escuro

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Tamarindeiro antigo

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                       Nos últimos anos toda essa cultura tem sido valorizada, como prova disso, foi gravado na cidade o filme intitulado “ Girimunho “. Como protagonistas, gente de lá mesmo, Dona Maria do boi, Bastu… gente da cultura e do folclore san-romanense. O filme já foi exibido em várias cidades brasileiras e vai ganhando o mundo. Já foi exibido na  França, Espanha, Estados Unidos e outros países e premiado no Festival de Havana, no festival de Veneza, dentre outros.

                      Conheça São Romão, nade nas águas do Rio São Francisco, do Riacho da Ponte e mergulhe nessa cultura que insiste em sobreviver como uma chama que se alimenta pela paixão que queima no coração deste povo ribeirinho.

Outras fotos:

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Referências.

– Livro “ De Vila Risonha a São Romão  –  Histórias, tradições e lendas “  – Maria da Glória Caxito Mameluque

– telemacouga.blogspot.com.br

Algumas imagens foram retiradas da internet.