Significado e origem do símbolo “Psi”

PoSseidon

PoSseidon

Estudar psicologia sem entender o significado profundo do seu símbolo representativo significa perder um elemento essencial para sua compreensão. Inicialmente, é importante lembrar que o símbolo é também uma das letras do alfabeto grego, correspondente ao fonema “psi” e ao numero 17. Embora este seja o começo da explicação sobre seu significado, não podemos esquecer que a letra “psi” tem toda uma história e está associada a realidades muitos profundas expressas através da mitologia. A letra y é o principal símbolo representativo de deus Possêidon (ou Netuno em latim).

Possêidon significa “senhor das águas”, é o deus das águas, mas principalmente, das águas subterrâneas e submarinas. Após a vitória dos Deuses sobre os Titãs, o universo, foi dividido em três reinos, uma para cada irmão: Possêidon obteve o mar. Seus,a maior autoridade do Olímpo, ganhou domínio sobre o céu e a terra eHades sbore os infernos e o mundo subterrâneo e vulcânico. Possêidon nem sempre foi muito dócil à superioridade e autoridade de seu irmão Zeus.

Possêidon percorria as ondas sobre uma carruagem tirada por seres monstruosos, meio cavalos, meio serpentes ou por cavalos. Seu cortejo era formado por peixes e delfins e criaturas marinhas de todas as espécies. Ao Deus eram sacrificados touros que eram jogados vivos ao mar.
ossêidon reina em seu império líquido, a maneira de um “Zeus marinho”, tendo por cetro e por arma o tridente “psi”, que os poetas dizem ser tão terrível quanto o raio.

Um Possêidon mais antigo é o “sacudidor da terra”, o que corresponde a uma ação de baixo para cima, isto é, uma atividade exercida do seio da terra por uma divindade subterrânea. Quando a terra treme devido a força de Possêidon, tudo que está apoiado sobre a terra é destruído.

O tridente era usado por Possêidon como arma de guerra: quando ele o enfiava no coração do seu adversário ganhava poder sobre sua alma. Para demonstrar sua força, Possêidon golpeava a terra com seu tridente e fazia brotar um mar, ou segundo outras versões, um cavalo. Em sua cólera, Possêidon usava seu tridente para inundar ou secar terras, bastava enfia-lo na terra.

As três pontas do Tridente representavam as três pulsões: Sexualidade, Espiritualidade e Nutrição, fonte de todos os desejos facilmente exaltados e da natureza imanente. A Sexualidade e a Nutrição são forças indispensáveis para a vida, mas que também representam o perigo da perversão e a fraqueza essencial que pode possuir o homem.

Sobre o conceito de Espiritualidade como pulsão, Leonard Boff em seu livro “A Águia e a Galinha” menciona textualmente o seguinte: “A vida espiritual possui em nós o estatuto de uma energia originária. De um instinto de saber, o instinto de poder, o instinto de violar os tabus e o instinto de transcender. Note-se, não se trata de um instinto qualquer, em entre tantos. Mas de um instinto fundamental, articulador de todos os demais. A vida espiritual traduz um dado antropológico objetivo, preexistente à consciência e independente de nossa vontade. O ser humano possui naturalmente interioridade. E essa interioridade é habitada por um Sol e pelo numinoso. Os mestres espirituais e outros analistas das profundezas da alma humana chamam a esta interioridade de Imago Dei (Imagem de Deus). Os místicos ousam mais e dizem: Temos Deus dentro de nós”.

A cada um destes aspectos do tridente estavam associados os animais que fazem parte do cortejo do Possêidon, assim:

O cavalo simbolizava os desejos exaltados, os instintos, a juventude. Para Jung, o cavalo expressa o lado mágico do homem, a “mãe em nós”. Os psicanalistas fizeram dele o símbolo do psiquismo inconsciente ou da psique não-humana, arquétipo próximo ao da mãe, memória do mundo. O cavalo pode ser montado pelo homem, representando a sublimação do instinto. O cavalo engloba também as noções de velocidade, imaginação e imortalidade.

O touro simboliza o desencadeamento da violência sem freios, o irresistível, a forca e o arrebatamento. Também símbolo da forca criadora e da fecundação, do espírito masculino e combativo. Associado também à morte e a vida após a morte, em outras palavras, ao renascimento. À Crise que leva a que uma parte nossa morra para que outra nasça. Para o bramanismo, simboliza concretamente a energia sexual. O touro montado por um homem significa o domínio e transmutação dessa energia através da espiritualidade.

Os golfinhos representam as forcas de elevação e ascensão. O golfinho, ou delfim, é o animal alegórico da salvação; das transfigurações e da conversão. É também símbolo da adivinhação, sabedoria e prudência.

Os peixes são seres psíquicos, dotados de poder ascensional no mundo inferior, que dizer, no inconsciente. O peixe possui natureza dupla, é símbolo de fecundidade que longo se transforma em fecundidade espiritual e em doação absoluta, assim como das “águas inferiores e da ‘confusão’. A palavra grega ‘ICHTUS’ que significa “peixe”, foi tomada pelos cristãos como as iniciais das palavras que se traduzem como: I=Iesus, C e H = Christos, T = Theou (Deus), U = Uios, S = Soter.

A partir do mencionado, podemos concluir que o símbolo da psicologia é essencialmente o símbolo das forças do mundo inconsciente, as quais podem levar-nos à morte, ou podem elevar-nos até os planos mais perfeitos de doação e sacrifício crístico.

http://www.oocities.org/mortissa_alaska/simbolo.htm