Eu e o luar

olhando a lua
Envolvida nos liames da
noite, o luar chorou.
Eu, só na escuridão
noturna encontrei nas
lágrimas do luar a
minha companhia.
Eu e o luar
Nós e as lágrimas…
Um réquiem nos braços
da noite.
Fios do pensamentos
estilhaçados, olhos
do luar molhados
Meu olhar molhado
de luares.

Alda Alves Barbosa

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Fico com as interrogações

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Além das montanhas, além do luar, vem com o vento numa cavalgada louca o teu pensamento. Eu o leio. Esqueci tão rapidamente quais eram os teus pensamentos! Acho que foi um canto suave, lento… um arco-íris de palavras soltas;. talvez um sonho a sonhar.

Não me lembro. Fico no talvez. Não gosto de certezas. Certezas têm sabor de fim. E por isso já não tenho certeza se não me lembro dos teus pensamentos… Li, não li,vi, não vi… Será que o vento trouxe mesmo os teus pensamentos? ou foi uma fantasia passageira, uma vontade excessiva de ti que inventei o teu pensar?

Nada sei. Prefiro não saber se sei ou não sei. E se… Não, escolho as interrogações das incertezas… Escolho os frutos das árvores das indagações, o não concreto.

A vida é assim: um derramamento de interrogações!

Alda Alves Barbosa