Quem me roubou a noite e
levou consigo o perfume
que alastra a minha poesia?
Quem me roubou a fantasia
de ser e não ser…
Quem me roubou o direito
de parir a flor poética
para enfeitar meus amanhãs?
Quem me fadou ao desespero
secando a nascente dos poemas
secando o solo onde borbulhava
o re(canto) das palavras?
Quem me arrancou
o sonho,
a vida,
Quem?
Alda Alves Barbosa