Mais um Outono

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Mais um outono…
Sinto-o entre os dedos
numa rutilância fria
de abstrata nudez.

A minha alma geme…
Dor que o tempo me impinge
com badaladas descompassadas
de quem andou todas as
estradas e só me resta
os cansaços e o escuro
dos becos.

Perto, o inverno me
aguarda como pedras mortas.
E eu, passageira do tempo,
dos sucessivos segundos,
vou indo ao seu encontro
sem deixar continuidade

De mim…

Alda Alves Barbosa

Esperança

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Características:produzem som, e são ouvidas geralmente à noite. O som produzido pelas esperanças difere da dos grilos, pois parece um som estridente e não musical. Já o canto dos grilos é musical. Possuem antenas longas e as fêmeas possuem o ovipositor longo e semelhante a uma espada. Saltador de longas distâncias. Antenas mais longas que o corpo. Coloração, normalmente, verde. Possuem um par de asas inferiores fortes e que lhe permitem voar por quilômetros. Aparelho bucal mastigador, asas anteriores em tegmina e patas posteriores saltatórias.

Habitat: zonas rurais e urbanas, em áreas abertas ou em matas.
Ocorrência: em todo o Brasil
Hábitos:noturnos. Imitam folhas secas. A simulação chega a um grau de perfeição que as “folhas” contêm lesões e recortes nas bordas, como uma folha de verdade que foi roída ou atacada por fungos. Em certas esperanças, a imitação de folha é apenas a primeira defesa. Quando descobertas, elas abrem as asas e assustam o predador com um clarão de cores.
Alimentação: fitófagos (mastigadores), diversas espécies de plantas. Durante todo o verão, as esperanças comem e crescem.
Reprodução:a vida adulta da esperança só dura um verão. Quando chega o inverno, ela morre por causa do frio. Mas no fim do outono, antes de morrer, a fêmea põe ovos na terra, e estes conseguem sobreviver no frio do inverno. Na primavera, os filhotes da esperança, ou ninfas, emergem dos ovos.
Predadores naturais: pássaros, aves, primatas, lagartos, anfíbios.
Ameaças: destruição do habitat e agrotóxicos.

Consulta:http://www.vivaterra.org.br/insetos – imagens: Google

Galeria:

Porque o fim existe…

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Ultimamente ando esquentando a cabeça por pequenos motivos. Para ser sincera, nem necessito de motivos. O fato de pensar já determina o local para crucificação. A dor maior de olhar para esse mundo, é pensar que daqui um tempo não estarei mais aqui e que todas as pessoas seguirão seus caminhos sem notar que eu já não estou mais entre os viventes, ou talvez nem tenham notado que um dia vivi.

Fico a pensar se somos espertos em vivermos fingindo que somos eternos! Fingimos! Porque um dia nos renderemos aos anos que nos levará dessa para melhor, depende da crença de cada um.

Talvez porque eu esteja no crepúsculo da vida, começo a questionar o que antes era inquestionável. Inquestionável porque criança não morre, só os anciãos… e esse inverno da vida estava tão longe de mim!

Hoje, tenho consciência de que ele, o crepúsculo, é minha sombra. Se o morrer é ter a possibilidade de viver num lugar paradisíaco, porque temos tanto receio de deixar o ex-paraíso de Adão, homem de caráter duvidoso, que se disse seduzido por Eva quando comeu o fruto proibido, o que determinou nosso fim.

Fim por fim, melhor mesmo é viver o hoje, amanhã pode ser que o ocaso nos surpreenda.

Alda Alves Barbosa