Dormi demais! Acordar implica em viver, em morrer. Não desejo viver, nem morrer. Desejo apenas dormir… prolongar o tempo da minha ausência no cotidiano. Não estou na vida de ninguém, ninguém está na minha vida… Vivo no vazio do sono sem os pesadelos do real.
Hoje meu universo são as paredes do meu quarto. Nele eu vivo o que hoje eu desejo viver: o sono.
Talvez quando a madrugada chegar eu a abrace… escreva uns versos. Talvez… Porque hoje eu só desejo dormir.
O amanhã… O que me importa o que está por vir? Quando o amanhã se tornar hoje, talvez eu queira continuar dormindo, ou não.
Tudo é um talvez!…
Alda Alves Barbosa