Fomes… Sedes…

noite
Às vezes durmo na madrugada
E acordo após alguns instantes de sono
Levanto-me sonolenta
Sinto fomes… Sinto sedes…
Na geladeira sacio minha fome,
Sacio minha sede.
Na geladeira não há fatias
De sonhos, não há sucos de vida
Tenho fome… tenho sede…
Em mim um coração oco
Em mim um olhar enevoado…
A palavra vida fica retida na garganta.

Alda Alves Barbosa

Assim é a vida

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Abro os braços
para receber
o amor
o desamor
a dor,
a cura
o existir
o inexistir
a ansiedade
a calma
o amigo
o inimigo
as fomes
o alimento
a angústia
a náusea…
Abro os braços
para receber o outro
para receber a mim
para viver as mortes
para viver a vida!

O que é mais humano que esta indistinta possibilidade de tudo?

Alda Alves Barbosa