Apesar de te amar

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Quero dizer-te que te
amo muito, muito…
Sei que isso é pouco
ou quase nada,
apenas um pedaço do
meu mundo, um pouco
de minha alma que deseja
ficar junto de ti
sem corromper a silêncio
sem interromper a solidão
sem dividir os eus.

Porque sempre seremos um
apesar de te amar tanto, tanto…

Alda Alves Barbosa

Sem intervalos

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Amo a vida sem intervalos… Viver sem pausas transpondo muros, abraçando a vida que vai se mostrando afoita, mas leve.

Não sou afeiçoada à janelas e portas. Janelas e portas reportam-me a ausência de liberdade. Olho uma porta, vejo cadeado; olho janelas, vejo cadeados. Como ser livre em meio há tantos obstáculos?

Nasci para a liberdade. Gosto de voar e conhecer meus mundos. Moro em tantos mundos… Sou tantos “eus!” Grades aprisionam – casas têm grades e muros… e eu sou tão livre!

Gosto de chuva, Mas gosto de senti-la na rua, molhando meu corpo, arrepiando minha pele, e eu girando em torno de mim mesma. numa dança ritmada, de braços abertos acolhendo a liberdade.

Amo a vida em continuidade! Posso partir, posso chegar. Posso nem partir nem chegar, apenas ficar. E ficar é fazer opção em conhecer apenas um mundo – é não percorrer outras estradas, não conhecer outros caminhos – é não arriscar o encontro com o desconhecido. Medo? Não sei. Mas sinto-me livre das submissões!

Alda Alves Barbosa