Hoje
como ontem
não cerrei os olhos.
Pareço com o entardecer
do cerrado com suas tardes
braseantes …fogueira no céu…
Eterna vigília!
Canta pra mim uma canção
de ninar… Canta, meu moreno,
canta…Quero tanto dormir!
Alda Alves Barbosa
O entardecer tirou do meu olhar o luzir do sol… Nas noites estelares minhas vistas não alcançam o brilho intenso das estrelas… As fomes de amor desvaneceram! Não sinto necessidades de abraços, mas sinto o frio penetrando em minha carne, em meus ossos frágeis.
Não há mais horizontes para transpor. O que eu sou era o que tinha de ser. Nada mais há para ser. Meus sonhos diluíram com o tempo… sonhos líquidos que escorreram entre meus dedos à procura de fios d’água para desaguar.
Meus jardins, nos ontens floridos, hoje são apenas pétalas estioladas forrando o chão.
O chão… a terra… o pó…
Alda Alves Barbosa