despedidas
Nunca termina de doer…
Palmeiras dançando… trovões tão suaves que parecem afastamento… brisa para amenizar minha angústia excessiva. Gotas d’água caindo dos céus. Aroma de terra molhada no asfalto, hálito refrescando meu corpo e roubando-me a paz. Chuva me traz paz… chuva me traz dor. Dói-me o coração… dor de saudade. Sombras que permeiam cada gota de chuva – gosto de lágrimas. Lágrimas paternas, maternas, que derramam nesta madrugada difusa, longínqua… Fluxo e refluxo das ausências que nunca terminam de doer.
Continua a cair ó pingos de chuva! Preciso sentir tudo. Preciso despir-me, entregar-me ao canto quase silencioso das gotas de saudade que chegam dos céus para que eu possa acenar o lenço úmido de todas as despedidas!
Alda Alves Barbosa