Raízes da Comida Mineira

Paella-mineira3
Minas Gerais é famoso pela sua culinária. Turistas do mundo inteiro se deliciam com os sabores mineiros. Pesquisa recente da Secretaria de Estado de Turismo e Esportes demonstra que a maior parte dos visitantes tem a gastronomia como referência, quando se fala em Minas Gerais. O pão de queijo, o tutu à mineira, o tropeiro e o frango com quiabo, além dos doces e quitandas, já fizeram a sua fama. Não há quem não conheça pelo menos uma destas iguarias. Mas de onde vem esses sabores, como surgiram essas receitas tão peculiares e tão nossas?
chafariz_09
Eduardo Frieiro, em seu livro Feijão, Angu e Couve, descreve não só as origens da nossa culinária, como também os costumes mineiros à mesa. Se hoje nos gabamos da fartura e variedade em nossa mesa, no início, com a descoberta do ouro, a realidade era outra. A corrida em busca do eldorado povoou muito rapidamente a região das minas, gerando uma séria questão alimentar. Se o ouro era farto, a comida era pouca e, consequentemente, cara. Alimentar essa população que acabava de chegar era tarefa árdua. Não só pela dificuldade em transportar o alimento, como pela precariedade das plantações e criações naquela época. Plantava-se apenas o essencial para a sobrevivência. A escassez de alimentos perdurou durante todo o período colonial. A mandioca, que era nativa, era o principal sustento e o pão diário das populações. Havia ainda roças de milho e de cana. O sal era artigo de luxo. A incidência do bócio nas populações era enorme, por causa da falta do mineral. A comida dos escravos não levava sal, e é daí que vem o angu mineiro sem sal.

É nesse cenário que a cozinha mineira floresce. Exploradores de todos os cantos do país e do mundo, portugueses, negros e índios passaram a compartilhar hábitos e ingredientes até então singulares e que, ao longo do tempo, enraizaram uma cultura gastronômica única. Os vegetais mais usados eram a mandioca, o milho, a cana e a couve, além das frutas da terra. Quanto à oferta de carnes na cozinha mineira, a mais presente era o porco, a intermediária, o frango e por último a carne de boi. De acordo com a administradora do restaurante D. Lucinha e também historiadora Márcia Nunes “o porco veio da Europa, é um animal extremamente resistente e exigia pouco para a criação. Toda casa tinha no fundo um cercadinho e qualquer resto de alimento era suficiente para eles. E, em contrapartida, era aproveitado por inteiro. O frango é uma ave frágil. Na cozinha tradicional mineira, frango era comida de domingo, ou então aquilo que ficou cunhado como galinha de mulher parida. Era destinado às parturientes e às pessoas doentes. No entanto, as jóias da comida mineira vêm do frango, a exemplo do frango com quiabo e ao molho pardo. São pratos que marcaram época na cozinha mineira, mas eram menos ofertados, considerados especiais”, explica. Quanto ao gado, a maior dificuldade era a questão do sal, alimento imprescindível à sobrevivência dos bois.

tutu-feijao-comida-mineira-serlares
As primeiras incursões dos bandeirantes em busca do ouro trouxeram a cozinha tropeira, também conhecida como cozinha seca, cuja base era a farinha, carne seca, banha e feijão. Pouco tempo depois, com a vinda das famílias, começaram a surgir as roças. As caravanas traziam também porcos e galinhas. É quando nasce a comida de fazenda, a cozinha molhada. De acordo com o pesquisador da gastronomia mineira, Eduardo Avelar, “a comida mineira tem suas origens no final do século XVII e início do século XVIII, quando surge o tutu, o feijão tropeiro, a galinha caipira com quiabo e angu. Essa era a cozinha praticada na época justamente pela dificuldade em se adquirir o alimento. Essa cozinha se origina da mistura das culturas do índio, do negro e do português.”

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Com o declínio do ouro, nas primeiras décadas do século XIX, a agricultura começa a se desenvolver e a criação de gado se expande. Inicia-se a indústria de laticínios. O leite produzido é de boa qualidade, e com ele começa-se a produção do “queijo de Minas”. A criação de suínos é grande e a carne de porco, sobretudo o toucinho, é amplamente consumida pela população mineira. Em meados do século XIX, o café já havia se tornado a bebida predileta dos brasileiros. Em Minas, o seu uso se difundiu rapidamente. Em trecho retirado do livro de Frieiro nota-se a já existente hospitalidade mineira: “na casa mineira não se deixa sair o visitante sem que lhe ofereçam uma xícara de café – elo de cordialidade e convivência social. A recusa pode ser interpretada como desfeita aos donos da casa.”

images frango com quiabo

De acordo com Márcia Nunes, o que hoje é grife no que tange à gastronomia mineira, até a bem pouco tempo atrás não tinha esse glamour. “Havia uma vergonha da comida mineira, da cachaça, da canjiquinha. Era considerada comida de jeca-tatu. Até o homem da roça tinha vergonha dela, não a servia para visitas”. Diante disso, sua mãe, D. Lucinha Nunes, inicia há 60 anos, um movimento de resgate e valorização dos saberes e modos de fazer da comida mineira. Morando no Serro e lecionando em escola rural, foi ali que D. Lucinha começou a pesquisar as raízes de nossa culinária. Seus estudos eram repassados aos alunos, pais de alunos e a toda a comunidade. “Ela queria mostrar a importância de preservar toda uma cultura, e ensinar a valorizar o nosso produto, a nossa história”, diz Márcia.

torresmo

E assim, com o esforço que começou com D. Lucinha e hoje compreende um grande número de profissionais da gastronomia, a comida mineira tem lugar de destaque no cenário nacional e internacional. Ela se fez da necessidade de se alimentar bem, com recursos escassos, e da criatividade que transformou a pouca oferta de ingredientes em pratos muito apreciados por todos os gostos.

Todo esse esforço tem resultado no aumento dos festivais gastronômicos que ocorrem em diversas regiões do estado, na oferta de cursos e escolas voltados para a gastronomia, participação de Minas em festivais internacionais e a criação de roteiros gastronômicos.

Alguns costumes mineiros do período colonial (retirados do livro Feijão, Angu e Couve, de Eduardo Frieiro):

Comer de arremesso – hábito de atirar o punhado de farinha à boca, com certeira pontaria. Esse hábito é oriundo dos índios, cuja base alimentar era a farinha e o beiju, que comiam de cócoras ou deitados nas redes, e a farinha, de arremesso.

“Nas casas da roça despejam-se simplesmente alguns pratos de farinha sobre a mesa ou num balainho, onde cada um se serve com os dedos, arremessando com um movimento rápido a farinha na boca, sem que a mínima parcela caia por terra.” – relato do naturalista alemão G. W. Freireyss, que percorreu parte do território mineiro na primeira metade do séc. XIX.

Comer com os dedos (capitão) – consiste em juntar no prato com três ou quatro dedos apinhados o bocado de comida que em seguida se leva à boca. Assim comiam os escravos, o seu feijão misturado com farinha de mandioca: amassavam-no todo com os dedos formando bolos que depois atiravam à boca com destreza.

“Até o século XVII, na Europa, comia-se com os dedos. O grego Plutarco deixou escritas algumas regras para fazê-lo com graça, nos banquetes gregos e romanos. De meia em meia hora, os criados apresentavam vasilhas com água morna para os comensais lavarem as mãos. Usaram-se sucessivamente a colher, a faca e o garfo, como utensílios de mesa.”

Sobremesa – quando havia, constava de laranjas, bananas e outras poucas frutas.

Hospitalidade mineira – “Não pude sem comoção contemplar novamente essa terra hospitaleira, onde passara quinze meses e onde recebera tantas provas de atenção e bondade.” – naturalista francês Saint-Hilaire.

Comida de tropeiro – carne seca, farinha de mandioca e banha de porco.

Bócio (papudos) – Os casos de bócio eram muito comuns em Minas, devido à escassez de sal. O sal constituía artigo de extraordinário luxo.

Gaveteiros – o povo de Mariana era chamado de gaveteiro: as mesas possuíam gavetas onde eram escondidos os pratos caso chegasse algum estranho ou visita sem avisar. Frieiro diz que o hábito não é por sovinice e sim para esconder uma refeição pobre.

Refeições – As refeições eram acompanhadas, na maioria das vezes por água. Algumas vezes por aguardente e ao final, uma xícara de café.

Comida dos escravos – não passava de feijão bichado e angu mal cozido, laranja, banana e farinha de mandioca. Comiam também mostarda e serralha que crescia espontaneamente. O jantar – feijão e angu com couve. Duas vezes por semana, um pedaço de carne. Ceia – canjica adoçada com rapadura. Tudo sem sal.

Fontes:

Feijão, Angu e Couve – Eduardo Frieiro

História da Arte da Cozinha Mineira – Maria Lucia Clementino Nunes (D. Lucinha) e Márcia Nunes

Matéria: Mariana Salazar

http://www.minasgerais.com.br/noticias/raizes-da-comida-mineira-remontam-a-um-passado-de-dificuldades/

Galeria:

Sagarana – Valorização da cultura popular

Festival Sagarana

A região do vale do Urucuia recebeu mais uma vez o Festival Sagarana, que reuniu no meio do sertão de Minas Gerais milhares de pessoas dispostas a discutir e trocar experiências que valorizem a cultura popular e fortalecem a identidade cultural do sertanejo.

Sagarana – O vilarejo que recebe o nome de uma das principais obras de Guimarães Rosa tem em sua história o verdadeiro universo roseano.

O termo “Sagarana”, criado pelo escritor, contém expressão do regionalismo típico do Estado, definidor da identidade e das raízes do povo mineiro. Significa a ligação do homem com a sua terra e a sua cultura, sem perder os vínculos com a universalidade própria do ser humano, expressa por convicções, crenças, atos e pensamentos.

“Sagarana”, união do radical germânico “saga” – que significa narrativa épica em prosa, ou história com acontecimentos marcantes ou heróicos – com o elemento “rana”, de origem tupi, que quer dizer “à maneira de”, “típico ou próprio de”.

A comunidade de Sagarana ainda convive com muitos problemas sociais, porém, é detentora de inúmeras potencialidades locais, a exemplo de manifestações culturais, artesanato de tecelagem, pintura e bordado, uma Estação Ecológica, um conjunto de cachoeiras e terras férteis.

Festival Sagarana

Em sua 6ª edição, o Festival que acontece em Sagarana, distrito de Arinos – MG, recebeu diversas manifestações artísticas e culturais, com coragem e bastante ímpeto para colaborar na construção de um mundo sustentável, solidário, justo, equilibrado e partilhado. Nos dias 05 a 08 de setembro de 2013, o pequeno lugarejo, no meio do sertão mineiro, recebeu a visita de milhares de pessoas, de vários cantos de Minas Gerais e do Brasil, que puderam participar de oficinas, debate

s, palestras, visitas pedagógicas às tecnologias sociais, exposições, caminhadas ecológicas, teatro, shows, roda de leitura, lançamentos de livros e muitas outras atrações culturais. Foram discutidos temas como cultura, sustentabilidade, políticas públicas, economia solidária e comunicação participativa. Nesta edição, o festival trouxe para a discussão “Das veredas ao mangue. Rumo à terceira margem”, uma proposta de fusão do sertão e o mangue, inspirada na semelhança dos movimentos de resistência que ocorreram em Sagarana e no movimento surgido em Recife, Pernambuco.

Um dos locais mais visitados e apreciados no festival, foi a Geodésica Cultural, toda construída de bambu, encantando aqueles que por ela passava. O festival contou ainda, com oficinas utilizando bambu, malabares, fabricação de vassouras com garrafas PET, construção de pipas, dentre outras.

Festival Sagarana

O Festival Sagarana é uma imersão na cultura da região. Os intervalos de almoço e jantar foram reservados para apresentações culturais, peças teatrais e encenações. Todas as noites, a partir de 21h, grandes shows com artistas locais, músicos e bandas convidadas como: Pereira da Viola, Cabruêra, Dj Criolina, Chico Assis, Carlos Farias, João Santana, Repentistas, Chico Lobo, Siba e Victor Santana.

Por Lucian Grillo

Workshop de Capoeira Senzala – Unaí 2013

1208891_650465468298287_813391019_n

Capoeira Senzala

Roda de Capoeira na Praça da Prefeitura de Unaí dia 22/08

História da Capoeira 

Raízes africanas

A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas.

No Brasil

Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos da capoeira

A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

Você sabia?

– É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista

Galeria:

Fonte: http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm

Retalhos de Minas – Teófilo Otoni

Retalhos

374625_105185016268255_1585231813_n

HISTÓRIA DA CIDADE

Polo dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus, Teófilo Otoni conquistou o título de Capital Mundial das Pedras Preciosas. Da terra nasce a perfeição da Natureza. A gema bruta, retirada do ventre da Mãe Terra, abre espaço para o homem transformar o belo em imponente.

A cidade se localiza no nordeste do Estado de Minas Gerais, no centro da Província Gemológica Oriental Brasileira, uma das áreas mais ricas do planeta tanto em quantidade como em variedade e qualidade de suas ocorrências gemológicas.

Outro fato que possibilitou a Teófilo Otoni se distinguir das outras cidades da região nessa atividade foi sua colonização, principalmente dos alemães oriundos de Idar-Oberstein, que chegaram por aqui por volta de 1860, e trouxeram as técnicas de lapidação desenvolvidas nas minas de ágata de lá.

A partir de então, Teófilo Otoni desenvolveu um grande polo de lapidação e comercialização de pedras preciosas, tornando-se o maior centro nacional desta atividade. Esta vasta região se estende do norte do Estado do Rio de Janeiro, leste de Minas Gerais, Espírito Santo e sudeste da Bahia. Nessa imensa região, além dos minerais gemológicos, ocorrem ainda granito, calcáreos, grafite, dentre outros.

Sua origem se deve à criação da Companhia de Comércio e Navegação do Rio Mucuri, fundada pelo grande brasileiro Teophilo Benedicto Ottoni, com o objetivo de estabelecer comunicação mais fácil entre o nordeste de Minas e o Rio de Janeiro, por via fluvial e terrestre e, posteriormente, o estabelecimento de um porto de mar para o escoamento da produção da Província.

A abertura de estradas, o estabelecimento da navegabilidade do Rio Mucuri, em cuja rota a Campanhia estabelecia pontos de colonização, e a vinda de numerosos colonos portugueses, holandeses, belgas, franceses, chineses e alemães marcaram o início do desenvolvimento de Teófilo Otoni.

TURISMO

Cidade pólo do Circuito Turístico das Pedras Preciosas, Teófilo Otoni vem se destacando como destino para o Turismo de Negócios e Eventos.

dimensionar

Principais pontos turísticos:

Catedral da Imaculada Conceição

267_2408_full

Uma das iniciativas do Padre Virgolino Nogueira (que era também chefe político), chegando a ser prefeito em 1891, foi demolir a antiga igreja, para construir outra no lugar. Conseguiu levantar uns dois metros da nova igreja, mas morreu quando visitava Caravelas no ano de 1899.

Ali sepultado, teve depois seus restos trasladados para Teófilo Otoni. A retomada da construção, com novo projeto, que resultaria na Catedral, coube ao Monsenhor João Pimenta a partir do ano de 1900.

A Catedral da Imaculada Conceição – também conhecida como Igreja Matriz, está localizada no centro da cidade, próxima à Praça Tiradentes, no local denominado “Alto da Catedral”. Com uma bela arquitetura, possui uma torre com relógio. O templo da Catedral destaca-se, logo na entrada, com duas colunas monolíticas, representando São Pedro e São Paulo, os alicerces da Igreja Católica.

Além dos belos quadros, pintados por Pe. Lázaro, destacam-se os altares e três peças retratando a Santa Ceia, a Morte de São José e a Dormição de Maria. Chama a atenção um belíssimo púlpito e os vitrais que transformam as janelas da igreja em obra de arte.
O estilo é gótico alemão.

Igreja Bom Jesus

266_2408_full

Totalmente reformada, preservando a belíssima arquitetura do templo, tendo completado, em 2003, cem anos de fundação.

Complexo Praça Tiradentes

321010_463522537045908_962337377_n

Localizada no coração da cidade, a praça é o seu ponto de irradiação. Totalmente arborizada, formada por dois magníficos jardins e árvores centenárias. Chama a atenção de todos, não só por sua beleza, mas também pelos raros habitantes: “as preguiças” (Bradypus tridactylus) – adultos e filhotes, constituindo-se em uma atração para todos os que passam naquele local.

A Praça Tiradentes já foi chamada de “Passeio Público”, tendo o início da sua construção em 1924 pelo então prefeito Adolfo Sá, sendo concluída em 1933 no governo do prefeito Manoel Pimenta.
Em 2001 foi totalmente recuperada; novos canteiros floridos, construção do Espaço Cultural e do Anfiteatro e modernização da Fonte Luminosa. No momento, está passando por mais um processo de revitalização, que promete ressaltar ainda mais os seus encantos.

Fonte Luminosa Musical

398121_105185872934836_375401786_n

Doada à cidade de Teófilo Otoni pelo povo alemão na gestão do Prefeito Germano Augusto de Souza, tendo sido inaugurada no ano de 1953, época do centenário da cidade.

Ela foi recebida na Alemanha pelo pedrista Armando Horta, credenciado pelo prefeito para tal finalidade. Após anos de funcionamento, o seu sistema funcional paralisou e, para consertá-lo, vieram especialistas de São Paulo e Belo Horizonte, os quais foram unânimes pela sua condenação. Porém, existia no Bairro São Jacinto, nas proximidades da Fazenda Arnô, uma oficina de ferraria pertencente ao austríaco Frantz Schweighofer, cujo filho restaurou a fonte por duas vezes, restituindo-lhe as variedades de jatos, cores e sons originais. Em 2001, a Fonte Luminosa foi novamente restaurada e modernizada, compondo o conjunto arquitetônico da Praça Tiradentes.

Monumento com Estátua e restos mortais do Fundador Teophilo Benedicto Ottoni

560140_481603081904520_1885919262_n

Transladados do Rio de Janeiro em 1960, por determinação do Presidente Juscelino Kubitscheck, e se encontram na Praça Tiradentes – Panteon.

Maria Fumaça

268_2408_full

A locomotiva a vapor “Poxixá”, que trafegou muitos anos na Estrada de Ferro Bahia-Minas, hoje exposta na Praça Tiradentes.

Anfiteatro

anfi

Local próprio para apresentações de música ao vivo e outras como dança, teatro, musicais, festivais, etc. – Praça Tiradentes.

Praça Germânica

270_2408_full

Totalmente reformada em estilo europeu, conta com um belo jardim e o Monumento ao Colono Alemão, ladeado pela fonte luminosa, em cujas paredes encontram-se gravados os nomes de famílias de imigrantes alemães.

Mercado Municipal

merc

Com produtos regionais; está, no momento, passando por uma reforma para melhoria em suas instalações, bem como implantação de um Restaurante Popular.

Galeria:

Fotos: Sérgio Mourão, Sérgio Guimarães; outras retiradas da internet.

Fontes:
http://www.teofilootoni.mg.gov.br
http://www.feriasbr.com.br/cidade/2408/MG/te%C3%B3filo-otoni/index.html