Entre o belo

margaridas

Não me procure entre os homens
Procure-me nas águas cantantes
do Rio Preto, no murmúrio dos riachos
No tímido farfalhar das folhas
Nas verdejantes relvas
Entre as flores insinuantes e coloridas
Ou num canteiro de margaridas brancas, doces…

Procure-me onde o amor foi semeado.

Alda Alves Barbosa

Palavras ao Vento

Palavras-ao-vento

Teci tantos versos
Para ti, amor
Rasguei-os…
Devolvi-os ao vento.
Não foi o vento que
o trouxe para mim?

E se relâmpagos cortarem
Os céus e um temporal cair
Que ele leve teus restos
em direção ao nada,
Ao nada que restou de
ti em mim.

Teci tantos versos para ti, amor!

Alda Alves Barbosa

Assim é a vida

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Abro os braços
para receber
o amor
o desamor
a dor,
a cura
o existir
o inexistir
a ansiedade
a calma
o amigo
o inimigo
as fomes
o alimento
a angústia
a náusea…
Abro os braços
para receber o outro
para receber a mim
para viver as mortes
para viver a vida!

O que é mais humano que esta indistinta possibilidade de tudo?

Alda Alves Barbosa

Adeuses

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Nos teus olhos
Meu cansado olhar
Encontra amor
Deus vagar.

Nos teus braços
Meu corpo desamado
É amado… embalado
Adeus solitude,
Braço sagrado.

Nos teus lábios
Minha sedenta boca, vazia
Bebe água doce
Adeus melancolia.

No teu corpo
Meu ser tão frio
Aquece a gosto
Adeus secura,
Adeus estio.

Ronair Gama

Louvação

Louvação

Louvação

Louvo a ti, amor
Teus olhos
Teus braços
Tuas mãos…

Louvo a ti, amor
Teus olhos nos meus
Teus braços em meus abraços
Tuas mãos entrelaçadas às minhas.

Louvo a ti, amor
Teu suor em meu corpo
Teu corpo em meu corpo
derramando sementes.

Louvo a ti, amor
Tu me levas ao céus!

Alda Alves Barbosa