Horas Mortas

noturno

Alguma coisa dentro de mim se quebrou. Nenhum brilho na noite… Meus gritos esgotaram, sobraram os ecos ensurdecedores explodindo em meu ser. Roubaram-me os sonhos. Dentro de mim há apenas um vácuo, um deserto, um rio sem movimento. Canções mortas para uma alma morta.
Tirei os olhos dos amanhãs!

Alda Alves Barbosa

Vida… Vida… Vida…

Relógio-de-parede-antigo
E na noite escura, o passar das horas marcadas pelo relógio. Monotonia do tempo que passa sem que eu consiga detê-la… Monotonia das repetições do dia-a-dia… Máscaras sobrepostas… O mundo girando;a banalidade devorando meu rosto; a angústia de sentir o tempo passar… o fim chegando!

Adiei tantos hojes para os amanhãs! Morei em meu corpo abraçada à minha alma… Fugi de mim e queimei-me em inúmeras fogueiras de sóis;fúria do vento incendiando a vida, transcendendo limites…

Ah, emoções, incontáveis desilusões! Vida… Vida… Vida…

Alda Alves Barbosa