Dia do professor – por que 15 de outubro?

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O Dia do Professor é comemorado no Brasil em 15 de outubro, dia consagrado pela igreja católica à educadora Tereza D’Ávila.
Nascida Teresa de Cepeda y Ahumada em 1515 em Gotarrendura, uma cidade na província de Ávila, no Reino de Castela foi canonizada em 1622 como Santa Tereza de Jesus ou Santa Tereza D’Ávila, que reconhecida pela notável inteligência, comparada, em seu tempo, a dos doutores da Igreja foi eleita “Padroeira dos Professores”.

Em função dessa data litúrgica D. Pedro I escolheu esse mesmo dia para baixar em 1827 o Decreto Imperial que criava o Ensino Elementar no Brasil.
Tem-se que no início da década de 30, as primeiras comemorações já aconteciam, mas sem grande repercussão.
Existem relatos, no entanto, que em 1947 ocorreu o primeiro evento dedicado ao Professor, digno de nota.
Em São Paulo no Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”, o professor Salomão Becker e seus colegas Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko tiveram a ideia de escolher esse dia para um congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
Nesse mesmo ano formou-se, então, a “Comissão Pró-Oficialização do Dia do Professor”, com intensa atividade de mobilização no Ministério da Educação, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e na Secretaria de Educação.
Em 13 de outubro de 1948, o Projeto foi transformado na Lei estadual nº 174.
A conquista paulista correu o País e quase todos os estados aprovaram leis instituindo o feriado escolar do Dia do Professor em 15 de outubro. A partir daí, iniciou-se o trabalho pelo reconhecimento nacional da homenagem, por meio de decreto federal.
Em um trecho do Memorial enviado ao Ministro da Educação, solicitando a declaração de feriado escolar nacional, o professor Alfredo Gomes argumentou: “Se o professor é o generoso semeador de ideias que permitem o conhecimento da vida e acendem, no espírito, o sagrado fogo da esperança; se ele é quem faz e estimula vontades e caracteres; se é ele fator primacial na formação moral e intelectual das novas gerações, torna-se elementar ato de justiça e reconhecimento, homenagear sua missão pelo muito que representa para a Cultura e para a própria Nacionalidade”.
Assim, a data foi oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963 que assim o definiu: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”.
Dia do Professor em outros países:
Tailândia – 16 de janeiro;
Paraguai – 30 de abril;
Estados Unidos – em maio, na primeira terça-feira;
México – 15 de maio;
Índia – 5 de setembro;
China – 10 de setembro;
Argentina – 11 de setembro;
Uruguai – 22 de setembro;
Taiwan – 28 de setembro;
Unesco e outros países – 5 de outubro;
Chile – 16 de outubro.
Seja qual for a data escolhida, não deixaremos passar em branco esse dia de homenagem, por isso como de praxe eu convido nossos leitores a completarem esse artigo, postando suas impressões sobre o professor ou professores que mais marcaram sua vida escolar.

Artigo de Mustafá Ali Kanso
Hype Science

A Terra no limite

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Quanto a humanidade já consumiu dos recursos naturais do planeta e o que precisa fazer para manter uma situação sustentável.

O ser humano não é dono, mas sim inquilino da Terra e do sistema solar. A humanidade depende da disponibilidade de terra, água e ar no planeta. Ultrapassar os limites existentes significa caminhar para o suicídio e o ecocídio. A situação atual é a seguinte: após 200 anos de desenvolvimento econômico, propiciado pela Revolução Industrial, a população mundial ganhou com a redução das taxas de mortalidade e o crescimento da esperança de vida.

Hoje, na média, as pessoas vivem mais e melhor. O consumo médio da humanidade disparou. Entre 1800 e 2010 a população mundial cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão para 7 bilhões de habitantes) e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes. Mas o crescimento da riqueza se deu à custa da pauperização do planeta. Uma boa forma de dimensionar o impacto do ser humano na Terra é a pegada ecológica.

Essa é uma metodologia utilizada para medir as quantidades de terra e água (em termos de hectares globais – gha) que seriam necessárias para sustentar o consumo atual da população. Considerando cinco tipos de superfície (áreas cultivadas, pastagens, florestas, áreas de pesca e áreas edificadas), o planeta Terra possui aproximadamente 13,4 bilhões de hectares globais (gha) de terra e água biologicamente produtivas.

Segundo dados de 2010 da Global Footprint Network, a pegada ecológica da humanidade atingiu a marca de 2,7 hectares globais (gha) por pessoa, em 2007, para uma população mundial de 6,7 bilhões de habitantes na mesma data (segundo a ONU). Isso significa que para sustentar essa população seriam necessários 18,1 bilhões de gha. Ou seja, já ultrapassamos a capacidade de regeneração do planeta. No nível médio de consumo mundial atual, com pegada ecológica de 2,7 gha, a população mundial sustentável seria de no máximo 5 bilhões de habitantes (veja a tabela abaixo).

QUANTOS HABITANTES A TERRA PODE SUSTENTAR
Isso depende do padrão de consumo da população

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Fonte: José Eustáquio Diniz Alves, com base nos dados da Global Footprint Network 2010

Se a população mundial adotasse o consumo médio do continente africano – com pegada ecológica per capita de 1,4 gha -, poderia atingir 9,6 bilhões de habitantes. Se o consumo médio mundial fosse igual à média asiática (1,8 gha), a população mundial poderia ser de 7,4 bilhões de habitantes. Com base na pegada ecológica da Europa (4,7 gha), não poderia passar de 2,9 bilhões de habitantes. Com a pegada ecológica da América Latina (2,6 gha), o limite seria de 5,2 bilhões de habitantes. Com as pegadas ecológicas da Oceania (5,4 gha) e dos Estados Unidos e Canadá (7,9 gha) precisaríamos parar em 2,5 bilhões e 1,7 bilhão de habitantes, respectivamente.

Qual é a perspectiva para as próximas décadas? De acordo com dados da Divisão de População da ONU, em 2050 a população mundial deve atingir 8 bilhões de pessoas, na projeção baixa, 9 bilhões, na projeção média, e 10 bilhões, na projeção alta. Nas previsões do FMI, a economia mundial deve crescer acima de 3,5% ao ano de 2010 a 2050. Isso significa que o PIB mundial vai dobrar a cada vinte anos ou se multiplicar por quatro até 2050. Portanto, o mais provável é que a Terra tenha mais 2 bilhões de habitantes nos próximos quarenta anos e uma economia quatro vezes maior. O planeta suporta?

Não há, evidentemente, como manter esse crescimento nos padrões de produção e consumo atuais. Para que a humanidade possa sobreviver e permitir a sobrevivência das demais espécies, será preciso promover uma revolução na matriz energética, incentivar a eficiência do uso de energia, reciclar e reaproveitar o lixo. Enfim, reduzir os desperdícios em todas as suas formas. Será necessário introduzir inovações tecnológicas nos prédios e casas para melhorar o aproveitamento da energia e a reciclagem de materiais, reforçar e melhorar o transporte coletivo, criar empregos verdes; ampliar as áreas de floresta e mata e a preservação ambiental.

Nesse contexto, proteger a biodiversidade; desestimular a cultura dos pet shops e o elevado consumismo dos animais de estimação; avançar com a aquacultura e na revolução azul. Incentivar o vegetarianismo é um modo de diminuir o consumo de carnes e os impactos da agropecuária. Na lista de redução estão ainda o consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias tóxicas, os gastos mitares, o consumo conspícuo e aquele que provoca maiores danos ambientais.

A lista pode ainda ser maior. Dessa forma, é urgente discutir a alternativa do modelo do “decrescimento sustentável”, especialmente a redução das atividades mais poluidoras, com a mudança no padrão de consumo e o avanço da sociedade no conhecimento e na produção de bens imateriais e intangíveis.

UMA TERRA JÁ NÃO É SUFICIENTE
A pegada ecológica é um cálculo do que cada pessoa, cada país e, por fim, a população mundial consomem em recursos naturais. A medição é feita em hectares, e seis categorias são avaliadas: terras para cultivo, campos de pastagem, florestas, áreas para pesca, demandas de carbono e terrenos para a construção de prédios. Hoje, por conta do atual ritmo de consumo, a demanda por recursos naturais excede em 50% a capacidade de reposição da Terra. Se a escalada dessa demanda continuar no ritmo atual, em 2030, com uma população planetária estimada em 8,3 bilhões de pessoas, serão necessárias duas Terras para satisfazê-la.Veja o infográfico aqui

* José Eustáquio Diniz Alves, é doutor em demografia da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Ence/IBGE. As opiniões deste artigo são do autor e não refletem necessariamente aquelas da instituição.

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Disponível em:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/terra-limite-humanidade-recursos-naturais-planeta-situacao-sustentavel-637804.shtml

Poetas Portugueses – Luís Vaz de Camões

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    Luís de Camões (1525-1580) foi poeta português. Autor do poema “Os Lusíadas”, uma das obras mais importantes da Literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior poeta do Classicismo português.

    Luís de Camões (1525-1580) nasceu em Coimbra ou Lisboa, não se sabe o local exato nem o ano de seu nascimento, supõe-se por volta de 1525. Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, ingressa no Exército da Coroa de Portugal e em 1547 embarca como soldado para a África, participa da guerra contra os Ceuta, no Marrocos, onde em combate perde o olho direito.

     Em 1552, de volta à Lisboa frequenta tanto os serões da nobreza como as noitadas populares. Numa briga feriu um funcionário real e foi preso. Embarca para a Índia em 1553, onde participa de várias expedições militares. Em 1556 vai para a China, também em várias expedições. Em 1570 volta para Lisboa, já com os manuscritos do poema “Os Lusíadas”, que foi publicado em 1572, com a ajuda do rei D. Sebastião.

    O poema “Os Lusíadas”, funde elementos épicos e líricos e sintetiza as principais marcas do Renascimento português: o humanismo e as expedições ultramarinas. Inspirado em A Eneida de Virgílio, narra fatos heroicos da história de Portugal, em particular a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. No poema, Camões mescla fatos da História Portuguesa a intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar ou atrapalhar o navegador.

    Um aspecto que diferencia Os Lusíadas das antigas epopeias clássicas é a presença de episódios líricos, sem nenhuma relação com o tema central que é a viagem de Vasco da Gama. Entre os episódios, destaca-se o assassinato de Inês de Castro, em 1355, pelos ministros do rei D. Afonso IV de Borgonha, pai de D. Pedro, seu amante.

      Luís de Camões é o poeta erudito do Renascimento, se inspira em canções ou trovas populares e escreve poesias que lembram as cantigas medievais. Revela em seus poemas uma sensibilidade para os dramas humanos, amorosos ou existenciais. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos e redondilhas, de uma perfeição geométrica, sem abuso de artifícios, tudo parece estar no lugar correto.

     No século XVI, em todos os reinos católicos, os livros deveriam ter a aprovação da Inquisição para serem publicados. Isso ocorreu com “Os Lusíadas”, conforme texto de frei Bartolomeu, onde comenta as características da obra e ressalva que a presença de deuses pagãos não devem preocupar porque não passa de recurso poético do autor.

       Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões escreve vários sonetos lamentando a morte da amada. O mais famoso é “A Saudade do Ser Amado”. Camões deixou além de “Os Lusíadas”, um conjunto de poesias líricas e as comédias “El-Rei Seleuco”, “Filodemo” e “Anfitriões”.

       Luís Vaz de Camões morre em Lisboa, Portugal, no dia 10 de junho 1580, em absoluta pobreza.

Referência:

http://www.e-biografias.net/luis_camoes/