Se eu me chamasse margarida
vestiria uma saia rodada branca
nos meus seios, uma fita amarela
no cabelo uma flor…
e dançaria faceira para o sol!
Alda Alves Barbosa
Se eu me chamasse margarida
vestiria uma saia rodada branca
nos meus seios, uma fita amarela
no cabelo uma flor…
e dançaria faceira para o sol!
Alda Alves Barbosa
O bicudo (Oryzoborus maximiliani) é um pássaro silvestre considerado nobre e recebe esse nome devido ao grande e largo bico. É um parente muito próximo do curió e, assim como ele, é excelente cantor. Atualmente existem dois tipos de bicudo: o Oryzoborus crassirostris, que pode ser encontrado no Amazonas, e o Oryzoborus crassirostris maximiliani, encontrado no Mato Grosso, em Goiás, em Minas Gerais, na Bahia, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
ASPECTOS FÍSICOS
Embora seja uma ave com o porte um pouco maior que o curió, entre 15 e 16 cm, o bicudo possui a mesma cor preta, com uma mancha branca na asa. Seu peso pode chegar até 25 g e sua envergadura, aos 23 cm. Sua cauda é composta por 12 penas e cada asa, 17 penas.
Existe uma grande variação no bico dos bicudos machos: branco leite, rajado (branco e preto), bronzeado, cor de chifre, amarelado, fundo azul ou fundo chumbo, azulado ou chumbado e preto. À medida que o bicudo envelhece, a tendência é que o bico vá gradativamente escurecendo. Já o formato da cabeça sofre variações dependendo da subespécie e da região.
Seus movimentos são compassados e harmoniosos. Possui campo de visão e audição muito aguçados, por isso pode voar muito alto. A velocidade do voo é muito rápida, favorecida pela envergadura e pelo tamanho das asas e da cauda, além do pouco peso em relação à dimensão do corpo.
CHILREAR
Quando canta, o bicudo costuma ficar com a cauda baixa e o peito para frente, em posição ereta, ângulo de 80°, para ressaltar sua elegância. Seu canto assemelha-se ao som de uma flauta, independentemente do estilo ou dialeto regional. Este pode ser mais flauteado (caracterizando-se por notas guturais e ressonantes), ou mais corrido (caracterizando-se por notas mais longas).
HABITAT
O bicudo é um pássaro de comportamento nômade, que está sempre migrando e, se for acuado, reage de imediato mudando de território. Não aprecia frio e evita locais com temperaturas abaixo de 25°C.
Os bicudos são pássaros territorialistas, isto é, dominam um espaço de terra onde nidificam e não permitem a presença de outros exemplares de sua espécie. A agressividade também é demonstrada para com outros tipos de aves, desde que entendam que estão sendo incomodados ou que correm algum tipo de risco.
O seu território seria como um círculo em volta do seu ninho em torno de aproximadamente 100 m de diâmetro, onde seu canto pode ser escutado com nitidez. Dependendo das populações existentes na região, esse diâmetro de território poderá ser maior ou menor.
Embora não pareça, as fêmeas também são muito agressivas e podem travar lutas de morte com outras fêmeas para defender o seu território e o seu macho. Elas não aceitam a presença de outras fêmeas de forma alguma, e podem tornar-se mais agressivas e violentas que os machos.
ALIMENTAÇÃO
Na natureza, o bicudo se alimenta de sementes de tiririca e, principalmente, de sementes de capim-navalha, já que é uma ave granívora. Já em cativeiro, a ave se alimenta de alpiste, arroz, Níger, painços de diversos tipos, entre outros. Entretanto, caso queira fornecer à ave verduras, cuidado com os agrotóxicos presentes nela. Da mesma forma, o criador deve disponibilizar ao bicudo água potável e de qualidade.
REPRODUÇÃO
O bicudo procria pouco na natureza, estando praticamente extinto, mas, nos lugares onde ainda é possível encontrá-los, a beleza de seu bico reluzente ao sol o destaca de tudo à sua volta, daí o nome de “bicudo”. O bicudo macho atinge a maturidade sexual de 12 a 18 meses. Já a fêmea do bicudo alcança sua maturidade sexual dos 6 aos 12 meses.
O período de reprodução da espécie ocorre entre a Primavera e o Verão, quando a fêmea faz um ninho em formato de xícara, onde põe seus ovos após a cópula. A incubação dos ovos de bicudo ocorre em torno de 13 dias após a postura, quando nascem os filhotes. Estes, após 30 dias de vida, já estão prontos para sair do ninho.
Português: Periquito rei
Distribuição: Só existe em dois locais, ao longo do Rio Paraguai e no norte do Paraguai.
Descrição: Semelhante a aurea, só que maior.
Comprimento: 30 cm e de asa 160 a 164 mm .
Nota: Esta subespécie ainda está sendo questionada.
Hábitat: Áreas secas e abertas, semi-árido e áreas de savana com cactos, arbustos e árvores, habitante de vegetação tipo cerrado brasileiro, ocasionalmente ao longo de extremidades de floresta, próximas de assentamentos, em parques, áreas cultivadas e jardins. Causam grande dano a colheitas.
Status: De comum a muito comum em toda sua área de distribuição.
Hábitos: Andam em pares, grupos pequenos de 04 a 08 pássaros ou bandos de 20 a 30 pássaros. Agrupamentos maiores podem ser vistos quando estão se alimentando ou em árvores de descanso. Não são tímidos, passam o dia nas árvores ou se alimentando no chão, sendo difíceis de descobrir nas árvores por causa de sua plumagem que lhes provê uma excelente camuflagem. São facilmente distinguidos por causa de seu barulho. Seu vôo é bastante rápido e ondulado. Fazem migrações locais e seu chamado é um guincho estridente, especialmente durante o voo.
Características: Embora seja comum e sua cor predominante seja verde, suas marcações amarelas (principalmente ao redor dos olhos e na testa), azuis e vermelhas, formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae, tendo duas subespécies. Embora vivam em bandos, são monogâmicas. Muito vivas, resistentes, bastante barulhentas, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde, não são muito exigentes em relação a banho. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Por serem muito destruidoras, proveja regularmente galhos verdes. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplicam a todas as espécies de psitacídeos, para que eles sejam os mais felizes possíveis. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.
Dimorfismo: Não existe, só podem ser distinguidos pelo exame de DNA.
Dieta natural: Sementes, bagas, frutas, nozes pequenas como também insetos e larvas, regularmente se alimentam em plantações de arroz, grãos e milho.
Alimentação: Basicamente sementes (alpiste, girassol e aveia em pequenas quantidades, milho alvo de diversos tipos e etc.), porém é importante para uma alimentação balanceada que também comam verduras, legumes e frutas como: maçã, uva, figo, pêssego (a maçã em especial é de suma importância para a lubrificação do trato intestinal), gostam muito de milho verde e amendoim. Suplementos minerais regulares.
Período de reprodução: De agosto a janeiro, sendo setembro o mês principal.
Reprodução: É freqüentemente alcançado e não difícil. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Freqüentemente ficam agressivos com os tratadores durante a criação. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Só a fêmea choca, deixa o ninho apenas para se alimentar ou ser alimentada pelo macho em breves períodos na manhã e ao entardecer. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.
Amadurecimento sexual: 02 anos.
Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 20 e 30 anos e que consiga reproduzir até os 15 anos ou mais.
Quantidade de ovos: Postura de 03 a 04 ovos, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até três posturas por ano. Ovo mede 27.4 x 22.0 mm.
Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos nas árvores (buracos de pica-pau), montículos de térmita e excepcionalmente em fendas de precipícios. Aceitam muitos tipos de ninhos e em várias posições em cativeiro, mas coloque-o em um canto escuro, pois é de suma importância. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes. –
http://www.avedomestica.com.br/cocad/index.php?
Galeria:
A jaçanã (Jacana jacana), do Tupi ñaha´nã é uma ave que se faz presente nas porções Oeste da América do Sul, charadriiforme, da família dos Jacanidae. Também são conhecidas pelos nomes de aguapeaçoca, cafezinho, casaca-de-couro, ferrão, japiaçó, japiaçoca, marrequinha, menininho-do-banhado, nhaçanã, nhançanã, nhanjaçanã, piaçó, piaçoca, pia-sol e Narceja. Em certas regiões do Sul do Brasil sãodenomiados de asa-de-seda.
Foi esta ave que inspirou o nome do famoso bairro da cidade de São Paulo, eternizado na canção “trem das onze” de Adoniram Barbosa. Em certos lugares da África e da Austrália, as espécies de jaçanã são conhecidas como “Jesus bird”, porque parecem andar em cima da água!
Características
Trata-se de uma das aves mais comuns nos brejos e margens de rios, possui os pés enormes para seu tamanho. Além de ter os dedos longos e finos, também as unhas são muito compridas. No dedo que fica para trás, a unha é mais longa do que o próprio dedo. Esse arranjo possibilita suas caminhadas sobre as plantas aquáticas, dividindo o peso do corpo em uma larga base. Anda e corre pelas folhas das plantas boiando como se estivesse em chão seco.
As Jaçanãs medem cerca de 23 cm de comprimento, possuindo plumagem negra com manto castanho, bico amarelo com escudo frontal vermelho, rêmiges verde-amareladas, encontro com um afiado esporão vermelho. Sua plumagem juvenil é toda branca embaixo, com as costas marrom acinzentado e parte superior do pescoço e cabeça escuros. Uma listra branca inicia-se sobre os olhos e estende-se pela nuca e parte de trás do pescoço. As longas penas das asas amarelas, como no adulto, formam a única característica comum entre as duas plumagens. Parecem pertencer a outra espécie.
Reprodução
Vive aos casais ou em pequenos grupos, sendo a fêmea maior do que o macho. Em alguns locais, as fêmeas montam pequenos haréns de machos, os quais tomam conta dos ninhos. Os ovos ficam em estruturas formadas por talos de plantas aquáticas, flutuantes. Durante 28 dias são chocados os quatro ovos da postura, sendo papel masculino todo o trabalho de criação. Se alguma fêmea que não seja a esposa do macho aparecer, vai estraçalhar os ovos enquanto o macho só fica olhando, por causa de amnésia, acaba acasalando com ela no final. Os filhotes recém-nascidos andam sobre a vegetação no primeiro dia após nascerem e logo perdem a penugem branca da barriga e castanha das costas.
Hábitos e alimentação
Embora sejam relativamente sociáveis em alguns locais ou épocas do ano, eles defendem seus territórios contra outras jaçanãs (ou cafezinhos, nome pantaneiro). As fêmeas são particularmente agressivas. Nessas ocasiões voam diretamente para o intruso, emitindo seu peculiar chamado, como uma risada fina e longa. Ao pousarem, para intimidar o invasor, mantêm as asas abertas e esticadas para o alto, destacando as penas longas, amarelas, das asas. Nessa postura, aparece o esporão amarelo do encontro das asas. Através dessas atitudes, intimidam a ave invasora. Ocasionalmente, ocorre luta corporal.
A alimentação é a base de insetos e outros invertebrados, encontrados, normalmente, nas plantas, ou logo abaixo delas. Também gostam de comer grãos.
A jaçanã (Jacana jacana Linnaeus, 1766) tem vasta distribuição nas Américas, ocorrendo a partir das Guianas até a Venezuela, Colômbia, Brasil, Bolívia, Argentina, Equador, Peru e Chile.
FONTE:http://chicosantanna.wordpress.com
Texto baseado no Wiki Aves, a Enciclopédia das aves do Brasil. Fotos de Evando F. Lopes. Publicado originalmente no portal Águas Emendadas.
ANÚ-PRETO [Crotophga Anu]
Ave extremamente sociável, nunca vista solitária, anda sempre em bandos e pode ser identificada pela plumagem toda preta, bico alto e cauda longa. Pode ser vista acompanhando o gado para capturar insetos (como gafanhoto, grilos e besouros), isso acontece quando o pasto é “pisado” pelo gado, com isso, esses insetos, se mexem, sendo por ela capturado. Também têm o hábito de ir andando pelos gramados, de vez em quando dando pequenos pulos para pegar pequenas presas. É bastante versátil em sua alimentação, comendo frutos, coquinhos, sementes, artrópodes, pequenas cobras e rãs e filhotes de outras aves saqueadas em seus ninhos.
Com freqüência capturam alimento no solo, ocasião em que adotam as técnicas “procuradora” e “senta e espera”. Fazem grandes ninhos coletivos, que é feito com pequenos ramos e folhas, medindo cerca de 30cm de diâmetros por 13cm de profundidade e abriga ovos de várias fêmeas; cada uma põe de 4 a 7 ovos, podendo o total atingir 20 ovos. Cada um destes, azul-esverdeado e recoberto por uma crosta calcária, mede cerca de 35 x 25mm, representando 14% do peso da ave adulta. A incubação dura de 13 a 16 dias e os filhotes deixam o ninho com 5 dias de idade; compartilham, com machos e filhotes mais velhos, da tarefa de criar os filhotes. Enquanto não voam, permanecem nas proximidades do ninho subindo pelos galhos com auxílio do bico e dos pés.
Vive em grupos formados geralmente por 7 a 15 indivíduos; à noite os membros do bando dormem sob a folhagem densa de uma mesma árvore e mantêm um território bem definido, com duas áreas: uma para ninhos e pernoite e outra para alimentação. O tamanho médio é de 33cm e seu peso varia de 98 a 120g. Na ausência de animais domésticos, os animais caminham juntos em semi-círculos até aparecer um inseto. Então, a ave mais próxima salta e o apanha.
Analisando essa técnica, o anu–preto é um excelente controlador de insetos, favorecendo toda a cadeia alimentar. É uma das aves mais comuns nos campos, parques, jardins, pastagens e culturas, vive também nas paisagens abertas e a beira de rodovias, pousa nos arbustos existentes nos pastos.
Também pode ser observado nos fios de arame, ou rede elétrica. Ao contrário do anu-branco, prefere locais mais úmidos (mata galeria), vegetação predominante em aréas perto de rios, caatinga, e próximas a ambientes aquáticos. Muito comum na região sudeste, assim como todo o Brasil, sendo encontrado também em outros países, como dos EUA até Argentina.
TUCANO – TUCANUÇU
O tucano é uma ave da Família Ramphastos. É muito conhecido por seu enorme bico (chega aos 20 cm). É uma ave muito bonita que causa admiração aos olhos de quem o vê. Diferente do que se acha, o bico do tucano não é pesado, pois é feito de tecido ósseo esponjoso, portanto não atrapalha o equilíbrio de seu corpo. Para dormir, o tucano leva a cauda até a cabeça e oculta o bico.
O tucano mede cerca de 65 cm, fora o bico. Existem 40 espécies catalogadas de tucano sendo as diferenças entre elas bem pequenas, somente na cor do bico, das penas e no tamanho. Quanto ao peso, o tucano chega a 520 gr. O tucano vive nas florestas tropicais da América do Sul (principalmente Amazônia) e também nas proximidades da Argentina. Não se encontram tucanos em outros continentes. Aliás, os tucanos não suportam o frio. Os tucanos se alimentam de frutos que encontram na natureza e quando estão com muita fome comem até insetos e filhotes de outras aves. O bico do tucano ajuda na alimentação, já que facilita a quebra de cascas de frutos mais rígidos e ajuda na mastigação de alimentos.
Na época da reprodução, a fêmea bota cerca de quatro ovos e a incubação demora cerca de 20 dias, período no qual o macho alimenta a fêmea, que fica chocando os ovos. Os ninhos são construídos em árvores. Os filhotes vivem nos ninhos até crescerem um pouco, quando começam a voar. Tucanos não são animais migratórios. Podem viver cerca de 40 anos.
As principais espécies de tucano são:
– Tucanuçu: mede 56 cm, que é o mais comum, tem o bico laranja.
– Tucano-de-bico-preto: Mede 46 cm, tem peito amarelo e branco. – Tucano-de-papo-branco: mede 55 cm, apresenta as cores vermelha, amarela, e preto no bico. – Tucano-de-bico-verde: mede 48 cm, e tem peito amarelo.
Em cativeiro, os tucanos se recusam a comer, pois perdem o ânimo e a vontade de viver, lugar onde ficam extremamente infelizes. Por esse motivo, não se deve tentar comprar animais exóticos como o tucano para criação.
O tucano vem sendo ameaçado de extinção, pois é muito procurado no mercado negro de animais exóticos. Na captura, os contrabandistas levam os ovos e animais adultos, sendo que a grande maioria morre (e os ovos são quebrados) devido às condições de transporte. Esse contrabando e ilegal, porém muito freqüente no país todo.
Consulta : Info Escola
Todas as imagens cedidas por José Campetti Nieto – Os tucanos estão numa Av. em Unaí comendo as sementes de Palmeira Imperial
JANDAIA
Nome Popular: Jandaia-de-testa-vermelha – Periquito-rei ou Beira-rio Nome Científico: Aratinga auricapilla Peso: 130g Tamanho: 31 cm Expectativa Vida: Vivem até 30 anos
Alimentação
Na natureza, comem sementes, castanhas e frutas. Em cativeiro, oferece-se ração comercial, frutas, legumes e vegetais (às vezes pequenas quantidades de sementes).
REPRODUÇÃO
Os casais, no entanto, nidificam isoladamente em ocos de pau, paredões de pedras e também embaixo dos telhados de edificações humanas, o que ajuda muito na sua ocupação de espaços urbanos. Mantêm-se discretos quando nidificam em habitações, chegando e saindo do ninho silenciosamente e esperando e pousados e árvores até que possam voar para o ninho sem serem percebidos. Como a maior parte dos psitacídeos, não coletam materiais para a construção do ninho, colocando e chocante os ovos diretamente no solo sobre o local de nidificação. Podem botar de 3 a 4 ovos, com período de incubação de 24 dias. Vivem em bandos grandes, compostos de 30 a 40 aves ou mais e dormem coletivamente e em variados lugares.
Distribuição Geográfica
Vivem na beira da mata habitando da Bahia ao norte do Paraná, Minas Gerais e sul de Goiás.
CANÁRIO BELGA – Serinus Canarius
REPRODUÇÃO: três posturas por ano, cada uma com quatro crias em média Existem mais de 400 cores de canários reconhecidas no mundo. Mas é a amarela, da linhagem belga, a mais popular por aqui. A busca por novas e diferentes tonalidades e combinações é um dos principais objetivos de boa parte dos criadores, que também se interessam pela definição do porte do pássaro. Apresentação em exposições e melhoramento genético da raça são outras finalidades da criação comercial do canário, que ainda desperta a atenção pelo seu belo canto.
A origem do canário-belga é, obviamente, a Bélgica. No entanto, apenas a linhagem a que ele pertence é que veio de lá, pois os antepassados dos exemplares dessa e de outras variedades têm raízes nas ilhas Canárias, um arquipélago do Atlântico junto ao continente africano. Os canários-do-reino, por exemplo, são da mesma espécie do belga, mas ganharam essa denominação por que as aves costumavam chegar ao Brasil vindas do ‘reino’ de Portugal. Já o canário-da-terra, sim, faz parte de uma outra espécie, nativa do Brasil. Pertencente à família dos Fringilídeos, o canário-belga mede entre 14 e 15 centímetros da ponta do bico à extremidade da cauda. A cabeça é pequena e estreita, as pernas longas, o peito arredondado e cheio. A plumagem é compacta e lisa, sem frisos. Como é um animal de origem estrangeira, a criação não precisa de autorização do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis.
O canário não dá trabalho. Exige pouco espaço, e sua criação pode ser mantida na cidade ou em áreas rurais, servindo até como terapia para algumas pessoas. Entretanto, como é pequeno e frágil, demanda cuidados no manejo. Quando em grupo, os pássaros podem ser acomodados em viveiros; casais podem ficar em gaiolas separadas. As gaiolas mais recomendadas são as de arame galvanizado, que podem ser encontradas facilmente no varejo. SEXAGEM A determinação do sexo faz-se por observação da região anal, que no macho se eleva acima do nível do abdômen. O procedimento mais comum é de assoprar as penas do abdômen e verificar se a barriga for pequena, curta, com espigão já virado para cima será macho, comprida na forma de ponta de um charuto estamos diante de uma fêmea.Colocando-se o pássaro no palmo da mão, com o ventre para cima veremos conforme o desenho abaixo: o macho apresenta o órgão genital em formo de pequeno gancho, enquanto as fêmeas ficam inchadas como se o ovo fosse sair. Também, nas fêmeas, as penas que circundam, a cloaca tem aparência
de leque, enquanto os machos têm a forma de tufo ou espanador, conforme ilustração abaixo.
TICO-TICO
Zonotrichia capensis
Família: Fringillidae
Caracterização
Mede 15 cm. Tem um pequeno topete com desenho estriado na cabeça, um colar ferrugíneo e garganta branca. É um dos pássaros mais populares e estimados no Brasil este-meridional.
Habitat
Habita paisagens abertas, campos de cultura, fazendas, jardins, até em pátios e coberturas ajardinados.
Distribuição
É abundante em clima temperado, como nas montanhas do Sudeste, até nos seus cumes mais altos, expostos a ventos fortes e frios; o habitat apropriado do tico-tico aumenta constantemente pelo desmatamento e drenagem, o pássaro torna-se facilmente sinantropo; penetra até nas cidades quando há ajardinamento suficiente. Ocorre do México, América Central, maior parte da América do Sul até a Terra do Fogo, com muitas lacunas. Está em todos lugares do Brasil, menos nas densas e úmidas áreas florestais, especialmente na Amazônia.
Hábitos
Entre os traços interessantes do seu comportamento figura a técnica de esgravatar alimento no solo por meio de pequenos pulos. Para removerem a camada superficial de folhas ou terra solta que recubra o alimento (sementes, artrópodes etc): perscrutando o terreno à sua frente pulam até 4 vezes consecutivas verticalmente sem alterar a posição das pernas e esgravatando o chão com ambos os pés sincronizadamente jogando para trás o material impeditivo. A tendência de executar tal movimento pelo tico-tico é tão forte que mesmo quando come algo sobre uma lage de cimento limpo ou num quintal pula da mesma forma.
Alimentação
É granívora, uma especialização considerada como uma evolução recente. Nota-se, ao mesmo tempo, uma sensibilidade reduzida em relação à sensação de amargo (nos padrões humanos), adaptação vantajosa para o consumo de sementes que são, muitas vezes, extremamente amargas.
Reprodução
Durante a reprodução vivem estritamente aos casais sendo extremamente fiéis a um território, que o macho defende energicamente contra a aproximação de outros machos de sua espécie. Tornam-se assim fáceis vítimas de caçadores.
O ninho é uma tigela aberta e rala, feito de capim seco e raízes. A fêmea bota de dois a cinco ovos, que são de campo esverdeado com uma coroa de salpicos avermelhados no pólo obtuso.
Os tico-ticos jovens estabelecem territórios entre o 5º e o 11º mês de vida.
Sofrem pesadas perdas de sua própria prole, pois o Chopim é uma ave parasita que retira os ovos do ninho do tico-tico e põe os seus. A pressão exercida chega a ser tão grande que, em certos locais, o tico-tico é eliminado.
Manifestações sonoras
Canto noturno e canto de susto: ao cair a noite emite um canto diferente, forte, caracterizado por prolongamento e acentuação das últimas notas, como: “hü, djü, djü ziü-ziü-ziü”. O canto noturno causa impressão tão diferente do canto diurno que o leigo no assunto pode tomá-lo por vocalizaçõa de outra espécie de pássaro. O canto noturno ocorre de dia em situação de extremo susto, sendo produzido uma vez só, com todo o vigor.
Caça
A família Fringillidae é a mais procurada pelo comércio clandestino de aves silvestres.
Andorinhas
As andorinhas são aves passeriformes de pequenas dimensões, pertencente à família Hirundinidae. São aves que possuem beleza, elegância e agilidade em seu vôo e realizam longas migrações. No mundo, são conhecidas cerca de 80 espécies de Andorinhas que estão distribuídas por todos os continentes, exceto a Antártida. A maior espécie do Brasil é a andorinha-grande (Progne chalybea), de cauda bifurcada, que mede cerca de 20 cm e pesa aproximadamente 43g.
Azul por cima, tem o peito castanho-cinzento, ladeado também de azul. Uma das menores, vistas com freqüência também no Brasil, é a andorinha-pequena-de-casa (Notiochelidon cuanoleuca), que mede cerca de 12cm de comprimento e pesa apenas 12g.
Andorinha Pequena-de-Casa
Caracterizam-se por serem aves de pequeno porte, com asas longas e pontiagudas, cauda, em geral, claramente bifurcada, bico e patas curtas. De modo geral seu colorido é azul-metálico ou pardacento no lado superior; a parte ventral de muitas espécies é branca ou, mais raramente, com ornatos avermelhados. São aves insetívoras, que se alimentam de insetos que capturam durante o vôo, com o bico aberto, como se fosse um funil. Acredita-se que cada cria de andorinha necessita de aproximadamente mil e quinhentos insetos por dia para se desenvolverem. Para se ter uma idéia, em apenas 20 dias uma família de andorinhas é capaz de consumir mais de 200.000 insetos. Vale ressaltar que o emprego de inseticidas causa frequentemente a morte de muitas andorinhas, pois elas podem ingerir insetos envenenados, que de certa forma contribui para o declínio de sua espécie.
Os ninhos são normalmente feitos com lama, restos vegetais e saliva e, são encontrados em barrancos, árvores e vistos com frequência em estruturas edificadas pelo homem como estábulos, barracões, garagens, pontes, túneis, açudes, barragens, entre outros. A andorinha vai transportando estes materiais no bico, até sentir que o seu ninho está perfeito e suficientemente resistente, para acolher seus filhotes. Tanto o macho como a fêmea se ocupam com a construção do ninho que é usado durante anos seguidos. As andorinhas possuem um sentido de orientação tão aguçado que depois de voar centenas de quilômetros em migrações, conseguem voltar exatamente ao mesmo ninho.
REPRODUÇÃO
A fêmea põe de 3 a 5 ovos brancos, que são chocados pelo macho e pela fêmea durante duas semanas. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que são alimentados no ninho por 26 dias e começam a abandonar o ninho com cerca de um mês de vida. Os filhotes saem do ninho, mas a família continua unida até que eles sejam completamente independentes.
No inverno, as andorinhas abandonam os locais frios, a procura de alimentação farta e migram para locais mais amenos e no final do inverno voltam em bandos barulhentos à sua região natal. Este retorno anuncia que a primavera está chegando. Vale lembrar que a maioria das espécies de andorinhas pode viver até oito anos, com exceção da andorinha-do-mar, que pode viver por vinte anos. Isso significa que uma andorinha-do-mar pode voar 20 vezes ao redor do mundo durante toda sua vida.
PESQUISA:www.infoescola.com