Porque te amo, Unaí

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Boca da Ponte

Ó doce e quente Unaí, nenhum braço, nenhuma mão pode constranger-te porque tu és livre. Se nossos pés tocam teu solo é com a tua permissão; ninguém ousa afirmar que tomou posse de ti.

Sim, tu és livre para permitir que o sol escaldante derrame teus raios ardentes sobre ti; tu és livre para tecer asas e voar como os poetas… Não permita, ó doce Unaí, que nenhum de nós que deita sobre teus seios subtraia o respiro e te sufoque com falsos abraços; não consinta que mãos impuras te acariciem com gestos desordenados, tristes…

E tu me diz: – Já cortaram-me as sombras, já extinguiram os meus negros frutos, já extirparam os meus cachos cor de ouro…
E eu te digo: – Cortaram-te, extirparam-te, deixaram-te nua, mas te resta o solo calcário, o Rio Preto e tuas asas!

Voa, doce Unaí! Segure nas asas do sonho e costure versos para ti! Quem não te vê como poesia não conseguirá tocar-te!

Alda Alves Barbosa

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