Mais um outono…
Sinto-o entre os dedos
numa rutilância fria
de abstrata nudez.
A minha alma geme…
Dor que o tempo me impinge
com badaladas descompassadas
de quem andou todas as
estradas e só me resta
os cansaços e o escuro
dos becos.
Perto, o inverno me
aguarda como pedras mortas.
E eu, passageira do tempo,
dos sucessivos segundos,
vou indo ao seu encontro
sem deixar continuidade
De mim…
Alda Alves Barbosa