Busco a madrugada
na tarde que cai
sonolenta. Faço
versos e teço um
testamento do dia
que se finda.
Busco a madrugada
delineando palavras
triste e úmidas, numa
busca incessante de vida.
Busco a madrugada numa
peregrinação doída nos
versos que desnudam a alma.
Busco a madrugada nos
reversos da vida, na tarde
que se desenha em mim.
Traço um ponto de interrogação
no qual deito meu corpo
cansado… desesperançado.
Alda Alves Barbosa