Olho seu corpo e o
vejo deus negro
dormindo ao meu lado,
e faço da noite a
paciência do devaneio
na luz fraca que vai
adormecendo.
Eu sonhadora inflamada
abro-me para todas as
fantasias… Fantasias
da chama solitária que
queima lentamente avivando
as lembranças dos velhos
tempos num lugar onde
voltarei sempre para
sonhar e recordar.
Fantasias da noite
eu e você
nus… abandonados
na cosmologia da
vigília sensual…
Fantasias que falam,
que escrevem…
Fogo úmido, chama
alada onde reina as lembranças.
Alda Alves Barbosa