E a noite chega vagamente, lentamente. Noite rainha, rainha sem trono. Noite silente com estrelas reluzentes em tua roupagem. Roupa de noite.
Vem noite, vem sozinha. Traz em tuas mãos o nada! Preciso de pouco para viver, para morrer. Viver na noite, morrer no dia? Estranha vida a minha. Vida ao avesso. Avesso de quê? de quem? Interrogações em demasia. Respostas poucas ou nenhuma. Não penso nas perguntas; não penso nas respostas. Não pensar é abraçar tudo intimamente. É ver a alma inteira transbordando de nada.
Amo as noites por serem tristes e silenciosas!
Alda Alves Barbosa