Nas margens do Rio Preto
Margem de lá, margem de cá
passei meus dias criança
na dança colorida dos véus
Hoje vou vendo o meu rio dançar
dança alegre, braços girando no ar
vejo as as águas vindo… vindo…
Sequência dos dias passados
nas águas do tempo presente
recordando a passagem dos ontens
Vou vendo e cismando
não nas águas que vão passando
é que me vejo em suas margens
tecendo o sol com laços de fitas
enfeitando instantes coloridos
Vou na beira do meu Rio Preto
vejo-me nas margens de lá,
e nas margens de cá
das suas curvas surgem
os requebros, tão ondulantes
como meu olhar!
Alda Alves Barbosa