Produção orgânica também enfrenta questionamentos – Parte I

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Os alimentos orgânicos são vistos por muita gente como tábua de salvação para a saúde humana, em contraponto aos produtos “envenenados” gerados em larga escala pela monocultura e o agronegócio. A complexidade da produção orgânica, no entanto, traz com ela questionamentos que mostram uma realidade onde nem tudo é perfeito. Persistem problemas como a falta de um controle mais efetivo do uso ou da contaminação por defensivos agrícolas na agricultura familiar de um modo geral, os altos custos de produção e os altos preços ao consumidor e até mesmo o pouco conhecimento a respeito de intoxicações que podem ser causadas por fungos ou bactérias presentes nesses produtos.O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), embora afirme que o controle do uso de agrotóxicos pelos agricultores familiares não é responsabilidade sua, e sim da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), adota a política de orientar os produtores a optarem por práticas mais saudáveis: “Todas as iniciativas do MDA promovem ou estimulam a conversão para o manejo sustentável, a agroecologia e o orgânico. Por exemplo, duas Chamadas Públicas para a Sustentabilidade hoje vigentes nas regiões Noroeste e Serrana do Rio de Janeiro têm foco na conversão ao agroecológico e ao orgânico”, diz Sérgio Coelho, delegado substituto do ministério no estado.

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Apesar do incentivo de órgãos públicos, a agricultura familiar não é sinônimo de produção orgânica.O Ministério do Desenvolvimento Agrário, no entanto, reconhece dificuldades: “Mesmo na agricultura familiar, a cultura do uso de produtos químicos não é uma coisa fácil de ser debelada. Tem que haver um processo de conscientização de nossos agricultores familiares. Para tanto, vamos enfrentar o lobby poderoso das indústrias químicas, composto por grupos multinacionais extremamente poderosos do ponto de vista econômico e que não têm nenhThuswohum interesse em perder como cliente nem o agronegócio nem os agricultores familiares”, diz José Otávio Fernandes, delegado titular do ministério no Rio.

Há quem afirme também que os alimentos orgânicos não são necessariamente mais saudáveis do que os convencionais. Uma pesquisa acadêmica publicada em 2009 na Inglaterra pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, por exemplo, afirma que uma “diferença mínima” de nutrientes foi encontrada entre os dois tipos de produto. Os céticos alegam também que a falta de um controle mais rígido com remédios ou defensivos agrícolas pode acarretar contaminações e intoxicações de grande gravidade nos produtos agropecuários, e lembram casos como a contaminação de sacos de espinafre orgânico por uma bactéria do tipo E.coli, ocorrido em 2006 nos Estados Unidos e que causou uma morte e cerca de 50 internações.

Fonte: http://www.oeco.org.br/ – Maurício

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