E se de repente uma luz cálida envolvesse meu ser e eu fosse abraçada pelos desconhecidos habitantes de mim… Eu e meus caminhos, eu e meus abismos… Como trilhar tantas retas, tantas curvas sem correr o risco de estagnar no percurso? Eu limitada sem a largueza dos horizontes. Eu e os meus medos impedindo a minha passagem para os amanhãs.
Nos ontens, as barreiras foram superadas com o frio das lágrimas brotando dos poros. Nos meus ontens, os medos foram extirpados momentaneamente, o coração disrítmico socando meu corpo, minha alma.
E hoje, outra travessia se faz necessária… um pisar lento, pensado, calculado, para que os passos não acordem um sentimento que dorme dentro de mim.
Mais um passo… outro… outro… do outro lado o crepúsculo me arrasta com seus fios coloridos, para além de todos os horizontes.
Alda Alves Barbosa