Sagarana – Valorização da cultura popular

Festival Sagarana

A região do vale do Urucuia recebeu mais uma vez o Festival Sagarana, que reuniu no meio do sertão de Minas Gerais milhares de pessoas dispostas a discutir e trocar experiências que valorizem a cultura popular e fortalecem a identidade cultural do sertanejo.

Sagarana – O vilarejo que recebe o nome de uma das principais obras de Guimarães Rosa tem em sua história o verdadeiro universo roseano.

O termo “Sagarana”, criado pelo escritor, contém expressão do regionalismo típico do Estado, definidor da identidade e das raízes do povo mineiro. Significa a ligação do homem com a sua terra e a sua cultura, sem perder os vínculos com a universalidade própria do ser humano, expressa por convicções, crenças, atos e pensamentos.

“Sagarana”, união do radical germânico “saga” – que significa narrativa épica em prosa, ou história com acontecimentos marcantes ou heróicos – com o elemento “rana”, de origem tupi, que quer dizer “à maneira de”, “típico ou próprio de”.

A comunidade de Sagarana ainda convive com muitos problemas sociais, porém, é detentora de inúmeras potencialidades locais, a exemplo de manifestações culturais, artesanato de tecelagem, pintura e bordado, uma Estação Ecológica, um conjunto de cachoeiras e terras férteis.

Festival Sagarana

Em sua 6ª edição, o Festival que acontece em Sagarana, distrito de Arinos – MG, recebeu diversas manifestações artísticas e culturais, com coragem e bastante ímpeto para colaborar na construção de um mundo sustentável, solidário, justo, equilibrado e partilhado. Nos dias 05 a 08 de setembro de 2013, o pequeno lugarejo, no meio do sertão mineiro, recebeu a visita de milhares de pessoas, de vários cantos de Minas Gerais e do Brasil, que puderam participar de oficinas, debate

s, palestras, visitas pedagógicas às tecnologias sociais, exposições, caminhadas ecológicas, teatro, shows, roda de leitura, lançamentos de livros e muitas outras atrações culturais. Foram discutidos temas como cultura, sustentabilidade, políticas públicas, economia solidária e comunicação participativa. Nesta edição, o festival trouxe para a discussão “Das veredas ao mangue. Rumo à terceira margem”, uma proposta de fusão do sertão e o mangue, inspirada na semelhança dos movimentos de resistência que ocorreram em Sagarana e no movimento surgido em Recife, Pernambuco.

Um dos locais mais visitados e apreciados no festival, foi a Geodésica Cultural, toda construída de bambu, encantando aqueles que por ela passava. O festival contou ainda, com oficinas utilizando bambu, malabares, fabricação de vassouras com garrafas PET, construção de pipas, dentre outras.

Festival Sagarana

O Festival Sagarana é uma imersão na cultura da região. Os intervalos de almoço e jantar foram reservados para apresentações culturais, peças teatrais e encenações. Todas as noites, a partir de 21h, grandes shows com artistas locais, músicos e bandas convidadas como: Pereira da Viola, Cabruêra, Dj Criolina, Chico Assis, Carlos Farias, João Santana, Repentistas, Chico Lobo, Siba e Victor Santana.

Por Lucian Grillo

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