Neste pardo sertão ferido
Abriram sulcos amargos
Percorreram as curvas dos espigões
Arrasaram a terra
Que guardava o vale.
A terra fria desfaz o cansaço,
Abre a serra com mãos desesperadas,
Cavalgando montados nas nuvens
Para tirar do céu a paz.
Estas minhas palavras
São de uma época morta…
Eu sou testemunha desse falecimento
E revivo os ontens voando pelo cerrado
Buscando com a alma na brisa,
O canto do Rio Preto…
Para onde vais agora, meu chão?
Porque não deixam crescer, andar, prosperar?
Meu olhar mira a caliandra cor de sangue
Ininteligível verborragia… parlapatório…
Alda Alves Barbosa