Eis a mata cheia de finas flores amarelas,
Intensas cigarras numa algazarra sonora,
Beleza pura, rara, de algumas citronelas,
O horizonte infinito vai vegetação a fora…
Fiquei ali pensando tão belo o meu sertão,
De veredas sinuosas: Avenidas consoantes,
Igarapés ao longe fazem uma bela canção,
Similar a que se faz na janela às amantes…
A ansiar folgado sinto que acabou o filme,
Não me resta, além disso, figurante papel,
Alcanço que uma história sertaneja viu me.
Desarticulo canhoto pelo capão até o céu,
Sem admirar pra trás num caminhar firme,
Continuo a marchar num compasso cruel.
Auro Sérgio – Poeta unaiense.