Hoje minha companhia foi o silêncio. Não arrumei gavetas, não pensei nos ontens, esqueci os amanhãs. Vivi o silêncio do agora. Nenhuma perda, nenhum vazio. Apenas um encantamento silencioso sem a emoção do sentimento.
Não vi derramar nenhuma lágrima de chuva; não fiz nenhum plantio de flores; nenhuma prisão de esperas, nenhum abandono… Me desfiz de mim e me concebi inteira. Um céu provisório, um poema silencioso nascido da quietude interior…
O silêncio continuado, o dia indo embora, a poesia – Trilogia terna!
Alda Alves Barbosa