
É outono agora, amor.
As esculturas do cerrado
despem suas vestes
explosão de nudez.
O cerrado se cala.
O pouco vento passa
sem deixar seu canto.
Não há folhas para a dança
asas foram cortadas para
que o silêncio aconteça.
Detritos de folhas no chão
tapete marrom onde me deito
para aguardar a primavera
que trará você!
Alda Alves Barbosa