Minha mãe plantava
jardins com flores tímidas
Sem tapetes verdes
para a lua se deitar.
Entre flores inocentes
o chão abrigava a noite clara,
dentro de mim eu agasalhava
a escuridão das memórias
escritas na carne.
Hoje sou eu e o crepúsculo.
Hoje sou eu e a vaguidão dos
jardins sepultos.
Hoje colho as ausências e
tenho fome de flores!
Alda Alves Barbosa