Ó flores dormidas,
Das cores sonolentas
E dos amanheceres perfumados,
Acorda-me nas manhãs
Festivas deste chão onde
Estão fincadas as raízes nuas
Claras como a luz da lua.
Ó flores dormidas,
Me desperta quando a
Aurora despontar, quando
Os anjos recolherem nas nuvens
Algodoadas. Me desperta quando
Soar a primeira nota da sinfonia
Dos pássaros aplaudindo o dia
Que nasce monotonamente
Acorda-me ó flores dormidas,
“Tenho o tédio de quem não
Sabe amanhecer!”
Alda Alves Barbosa