POEMA
Mandei para as entranhas
De um mundo surdo,
Um pedaço de amor que
Hoje anda mudo.
O amor mudo vê,
O estranho de tudo,
A estranheza da vida.
Um simples momento,
O cerrado em plena seca,
E minha mão que tenta afanar
Um amor morto pelo tempo.
Não faço sozinho,
Aquilo que me atrasa,
Ainda sou estranho no ninho,
A vida é uma brasa.
Seguro o pé do tempo,
Para fazer minha morada,
Mas revoltoso,
Ele bate em retirada.
Fico eu,
Eu e eu mesmo sem saída ou chegada,
Mas sigo o caminho,
A vida me mostrou que a caminhada vale
Mais que o fim da estrada.
Poema de um leitor