É a mesma a ruazinha sossegada
È a mesma ruazinha sossegada,
Com as velhas rondas e as canções de outrora…
E os meus lindos pregões da madrugada
Passam cantando ruazinha em fora!
Mas parece que a luz está cansada…
E, não sei como, tudo tem, agora,
Essa tonalidade amarelada
Dos cartazes que o tempo descolora…
Sim, desses cartazes ante os quais
Nós às vezes paramos, indecisos…
Mas para que?… Se não adiantam mais!…
Pobres cartazes por aí afora
Que nada anunciam: – ALEGRIA – RISOS
Depois do Circo já ter ido embora
Mário Quintana
Belo poema de Mário Quintana.
Ás vezes somos apaixonados pelos cartazes porque na época certa não soubemos dar valor à beleza do cotidiano.
Nunca vamos esquecer o que se foi. Nunca esquecerei minha rua, meus vizinhos, meus amigos, meus familiares, minha cidade. Tudo.
A ruazinha pode mudar, mas nada pode me tirar a boa lembrança que sempre tive dela.
Olá Adriano, como esquecer a nossa época lúdica? Como esquecer a nossa ruazinha, os brinquedos, os folguedos? Como esquecer a nossa existência? Presente bonito que Deus nos deu: – a memória – para que vez em quando saiamos do hoje e retornemos ao passado onde todos, sem excessão, estavam…
Com carinho,