Antes de entrar na abordagem direta deste texto quero esclarecer que este título foi-me inspirado pelos “eternos adolescentes unaienses.”
A adolescência não é um fenômeno universal. Os antropólogos constatam que as sociedades tribais não passam por este estágio mesmo porque o ad vento do mundo adulto se encontra nitidamente marcados pelos “ritos de passagem”. Os rituais introduzem a criança no sistema de valores bem definidos do mundo adulto, não havendo ambiguidades a respeito dos direitos e deveres que o novo estado lhe acarreta. Em nossa cultura não há só o período de adolescência, mas a ampliação deste tempo na medida em que o tempo de estudo aumenta adiando a entrada no campo de trabalho, assumindo a vida adulta, deixando de ser um “peso” para a sociedade. Quanto mais cedo o adulto deixar suas características infantis, mais cedo ele assumirá as obrigações e responsabilidades da vida adulta. Estou me referindo a todo espaço territorial brasileiro, mas vou focar mesmo o nosso chão, UNAÍ. Se a criança persiste em residir no adulto em termos de atitudes, quero dizer que criança não fica nas madrugadas bebendo todo tipo de bebida alcoólica, criança não usa drogas, lugar de imaturo é no colo do papai, no colo da mamãezinha ou no bercinho. E, quando estas crianças saem na madrugada, engatinhando pelos bares, pelos becos, meu Deus, como são criancinhas se sentem no direito de “aprontarem.” Em meu quarto fico pensando (apesar do barulho o raciocínio ainda funciona): -Será que os pais estão sabendo que seus bebês fugiram do berço e estão dirigindo como loucos pelas avenidas tirando a paz daqueles que já conseguiram ser adultos e criam seus filhos para fazerem diferença no mundo? Polícia acionada. Tentam fazer dos bebezinhos dos outros calarem para os que os que suam o rosto com o trabalho e pagam dos seus próprios bolsos seus impostos possam dormir em paz. Eles, os bebês tão bonitinhos, fazem aquela pergunta idiotizada, de quem ainda não sabe pensar: – Vocês sabem que eu sou? Vocês sabem de quem eu sou filho? O que eles estão querendo? Se eles de tanto beberam não sabem quem são nem que são seus pais, os outros é que vão saber? Menininhos (as) espertos (as) para a idade… Têm apenas três a quatro anos e pensam como se tivessem quatro anos e meio! Sabem voltar para casa sim, engatinhando porque estão dando os primeiros passos por causa das drogas lícitas ou ilícitas que consomem, sei lá, mais que chegam acho que chegam. Uma cidade com menos de 80.000 habitantes todos se conhecem, não vão saber quem são os pais deles? Se todos se conhecem porque fazem sempre esta idiota pergunta do tempo dos coronéis? Ora se eles não sabem quem são eles, como vão saber quem são seus pais? Enigma difícil de decifrar! Será? Se algumas pessoas não sabem quem são vocês e de quem são filhos, muitos sabem: são filhos da tolerância, da falta de limites, da falta de respeito, da irresponsabilidade, da prepotência, do absurdo, da falta de educação, da imaturidade, são filhos da ausência de tudo, são filhos do só… Só o dinheiro e a posição social basta para “eu ser gente.”É isso! Em terra de cego quem tem um olho é rei!
Continuem, façam barulho nas madrugadas, gritem, bebam… Um cavalo -de -pau pode calar todos vocês para sempre, silenciando-os por antecipação; não dormirão mais em berços esplêndidos, mas certamente quem veio do pó retornará ao pó, portanto, a terra/mãe os acolherá ou suas cinzas serão levadas pelo vento…
Alda Alves Barbosa
Alda, Seria bom se houvesse pelo menos a abordagem, e se a pergunta viesse a autoridade se sentia no dever de pelo menos anotar a placa do veiculo
Orlando, as leis em Unaí foram feitas para transgredí-las, nunca para serem cumpridas. Você não imagina o que eu ouço por aí. Leis e deveres para os considerados pobres, os de espírito não são pobres não. Respondi um comentário da Edmea, vc deve se recordar dela, filha de vovô Juca, e disse a ela que os ricos de Unaí são os pobres ou classe média baixa nos países europeus e em outros, mas aqui rsrsrsrsrs são milionários e pobres de espírito. Envio um e-mail para vc explicando detalhadamente…
Um abração e obrigadopelo e-mail que recebi hoje de vc, não mereço tanto assim não, sou como todo mundo.
A lda, por aqui também temos rachas e pegas, mas quando a imprensa denuncia a polícia acaba rapidinho com as gracinhas. Ninguem quer ter a placa do seu carro na imprensa.
Abraço a todos,
Estou sentindo falta do amigo Carlos,
Orlando-DF
Orlando, o slogan de Unaí, esta terra que eu amo tanto, infelizmente seria: ” VISITE UNAÍ. AQUI PODE-SE TUDO.”Triste? Muito. As vezes fico cansada de escrever as mesmas coisas nesta luta infinda e grito: TEM ALGUÉM AÍ? O silêncio não responde…
Abraços cansados de uma pessoa que luta por este chão, mas não consegue ver resultados positivos.