
Em um passado muito recente, a praça da Matriz ainda conservava poucas flores, pouco verde, poucas árvores… e um pouco de beleza!
Poderia neste espaço enumerar a importância e os significados da palavra “reconstruir”, mas no momento quero focar na humanização e na conscientização do vocábulo reconstrução, no recomeço da caminhada deste nosso chão em direção a novos crepúsculos, a um novo período de renascimento físico do nosso sertão, emergindo das cinzas, pó do ostracismo, inércia da dor. Em meu coração senti o nascer da esperança quando vi máquinas no trevo que é via de acesso a outros bairros como Canaã, Cidade Nova .. .Estas máquinas revolviam a terra numa atitude de (re)construir. Em meus olhos sedentos de beleza, vi cinzas amortecidas, compactadas pelo tempo sem esperança, sendo levadas pelo vento… Dela foi emergindo a nossa Unaí. Renascia naturalmente marcando o novo período que certamente há de vir! É a beleza se contrapondo ao caos. Será este o momento em que o povo unaiense terá seus direitos respeitados? Será este o momento em que nós habitantes deste pedaço do sertão mineiro sairemos do descompasso da desconstrução? Não será este o momento de nós moradores cuidarmos e conservarmos esta terra pela qual somos donos? Sim, somos nós, o povo, dono deste chão. E como donos que somos devemos cuidar do que é nosso. A obrigação de fazer as melhorias é daqueles que elegemos para nos representar. Para isso são remunerados, portanto, somos nós, o povo, os patrões. Mas para fazermos jus ao nome “patrão”, devemos estar com os olhos voltados para aqueles que pagamos para nos representar. Sim, devemos estar atentos, cobrando o que nos pertence por direito: Suprir com feitos as nossas carências como cidadãos e patrões. Temos que conscientizarmos que tudo que é investido em nossa cidade é construído com o dinheiro recolhido pelos governos através de impostos. Temos que saber que se compramos uma agulha estamos pagando imposto daquela agulha. Portanto, não devemos nada a ninguém, o contrário sim, é verdadeiro. O que podemos e devemos fazer é aplaudir aquele político eficiente, capaz, honesto. Dar a ele o reconhecimento que ele usou bem o nosso dinheiro, coisa rara neste país de impunidade! Penso que não devemos jogar toda a responsabilidade em cima daqueles que pelo voto nos representam. Cabe a nós desenvolvermos o dever cívico de conservar o que foi feito e fazer o que não foi feito. Mas como, se nós pagamos impostos e pagamos os que nos representam? Questione sim, mas faça. Nunca ouvi falar de uma cidade que suas ruas não são limpas, mas em nossa cidade é assim. Estamos na luta, mas ainda não conseguimos.Só nos resta como cidadãos que amamos nossa terra e queremos vê-la limpa, cuidarmos da limpeza e da beleza de nossa rua , varrendo, jogando lixo no lixo, plantando árvores, plantando flores. Quem tem o privilégio de ter uma praça perto de sua residência, adote-a e dê a ela os cuidados que gostaríamos que dessem a nós pobres mortais. Plante, regue-as, cuide dos bancos e procure patrocínio junto aos empresários locais para que o belo se faça presente na sua, na nossa vida. Fazendo isto fique atento para impedir que depredem o que você construiu, ou o que o governo local construiu mas que tem dinheiro seu empregado ali. Governo não lhe dá nada, o dinheiro que é repassado ao município é dinheiro seu – de impostos que você pagou para nascer ,para viver, para morrer – para que seja investido na organização da sociedade, transformando o que é seu em um lugar humanizado, adaptado às necessidades da população local. Saiba que governo não lhe da bolsa-família, vale-gás, vale-tudo… Ele tira do povo para doar aos menos favorecidos financeiramente. Quem paga “suas bolsas” é a classe média, o povão. Não seria mais respeitoso, menos humilhante, mais aprazível, escolas profissionalizantes onde a esmola desse lugar à dignidade do trabalho, à restauração de valores que dorme em cada um de nós?
Seja o dono de sua cidade, cuide dela! Se a sua rua estiver limpa, ninguém ousará jogar um pedaço de papel e se jogar, chame à atenção. Cuide da limpeza e do patrimônio da sua cidade, abrace e defenda o que é seu. Você é um dos donos deste chão, portanto responsável por ele, não delegue a outro o que é sua obrigação.
Simplesmente maravilhoso o texto! Acredito que conscientização é uma das palavras-chave para que possamos viver melhor! E as mudanças acontecem primeiramente dentro de casa, e no ambiente que nos cercam! Não canso de bater na tecla da seguinte frase : ” Pensar globalmente, agir localmente”, é por aí! Quanto à praça da Matriz, morei em frente por algum tempo, e ela era até bem cuidadinha, isso hà uns 10 anos atrás, o jardim era um charme, já dessa última vez que estive em Unaí ,fiquei espantada com a falta de zelo!
Beijos tia!
Em qualquer cidade, arraial, e outras denominações, a matriz é o cartão postal.l Em Unaí, não temos cartão postal, temos sim, um jeito diferente de nos mostrar no mapa de Minas Gerais. Pensar globalmente podemos sim, temos liberdade para isso, mas agir localmente… No Brasil a ditadura já acabou?
muito bom alda ta de parabéns,temos que nos conscientizamos que somos nós, os habitantes desta cidade ,responsaveis por ela.depende de nós a limpeza o crescimento e a cobrança dos feitos .
Nunca duvidei disso Vinicius e por isto vivo como proprietária que sou de um pedacinho da nossa Unaí. Se não é o povo, quem será, ou acha que é? Beijos
por nos faltarmos essa consciência e que nossa cidade está do jeito como está : capim por todo lado, praças mal cuidadas ,ruas sujas, e a saúde … um abraço de sua maior leitora, com certeza viu bjus………..